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Streamer relembra ataque racista e resistência no cenário

Fernanda Souza conta que ataques são comuns em redes sociais e como aprendeu a lidar com o medo para seguir fazendo o que gosta

9 nov 2021 - 16h14
(atualizado às 16h17)
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'Tem que ter estômago', diz streamer que sofreu racismo:

A streamer e programadora Fernanda Souza foi vítima de um ataque racista, gordofóbico e machista em 16 de setembro deste ano. Na ocasião, pelo cansaço das constantes agressões virtuais que estava recebendo em suas lives e através das redes sociais, Fernanda decidiu desabafar no Twitter.

"Nem todo mundo tem 'estômago' [para aguentar os ataques]. Não vou falar que todo dia eu estou com estômago, mas a gente faz terapia para seguir ali, para não cair", afirmou a streamer que faz live coding (eventos ao vivo de codificação) na Twitch.

O post de Fernanda repercutiu, mas o caso da estudante de programação não é isolado. Os ataques, principalmente anônimos, tem acontecido recorrentemente em lives, perfis e grupos de pessoas pretas por toda a internet.

As crescentes denúncias acontecem principalmente após a repercussão mundial da campanha #BlackLivesMatter, desencadeada pela morte brutal de um homem negro por um policial branco nos EUA, em 2020.

"A gente está em 2021, estamos falando sobre isso há muitos anos. O debate ficou muito mais acentuado depois do que aconteceu com George Floyd e tem gente ainda achando isso válido. Eu fico me perguntando como isso ainda pode acontecer e em que momento do tempo essa pessoa [que pratica ataques racistas] parou", disse.

Segundo pesquisa da agência BRUNCH, em conjunto com a consultoria YOUPIX, outro ponto também aponta para o racismo, mas de maneira estrutural, na internet. Os grandes produtores de conteúdo são brancos - e fecham 30% mais contratos do que não brancos.

A desigualdade também está no âmbito de tempo que não brancos levam para construir uma base de seguidores nas plataformas, que é maior.

"Quando você vai ver as pessoas que estão ganhando dinheiro fazendo lives, a maioria dessas pessoas são brancas, tem dados que apontam para isso. Então, a gente tem que começar a ocupar esses espaços", contou Fernanda.

Fernanda Souza é programadora e streamer na Twitch
Fernanda Souza é programadora e streamer na Twitch
Foto: Arquivo pessoal

"Mesmo que ocupar espaços signifique ter que lidar com o medo de ataques, eu tenho plena consciência de que eu preciso estar lá fazendo o meu papel. Não posso deixar o medo me impedir de fazer algo que eu quero fazer", acrescentou.

Fonte: Game On
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