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Virtua Fighter: A série que colocou os ringues em 3D volta aos holofotes

Muito antes de Tekken e Dead or Alive, Virtua Fighter já estava trocando sopapos em 3D

4 ago 2025 - 14h56
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Virtua Fighter: A série que colocou os ringues em 3D volta aos holofotes
Virtua Fighter: A série que colocou os ringues em 3D volta aos holofotes
Foto: Reprodução/Sega

Em 1993, a Sega surpreendeu o mundo ao apresentar um jogo que parecia vindo do futuro: Virtua Fighter. Criado pelo lendário Yu Suzuki e desenvolvido pelo talentoso time AM2, o título foi o primeiro jogo de luta a abandonar os tradicionais sprites 2D, como os de Street Fighter II e Mortal Kombat, para apostar em um ambiente inteiramente tridimensional, usando gráficos poligonais. Era algo nunca visto nos fliperamas, uma aposta arriscada que acabou redefinindo os rumos do gênero.

Antes mesmo de Tekken (1994) estrear nos arcades ou de Dead or Alive (1996) surgir com seus efeitos visuais exagerados, Virtua Fighter já oferecia uma proposta mais sóbria, centrada na técnica, na movimentação livre pelo ringue e na representação realista das artes marciais.

Mesmo com personagens visualmente “quadradões” para os padrões de hoje, o impacto tecnológico da época foi imenso. O elenco inicial contava com apenas nove lutadores, mas cada um tinha identidade própria, tanto visual quanto na forma de lutar. Akira Yuki, o ícone da série, representava o karatê tradicional; Wolf Hawkfield trazia o judô de forma imponente; Sarah Bryant aplicava golpes inspirados no Jeet Kune Do com agilidade e precisão, por exemplo.

Mas o verdadeiro diferencial estava na jogabilidade. Com apenas três botões — soco, chute e defesa —, Virtua Fighter se afastava dos comandos complicados e combos apelativos. A profundidade surgia do tempo de resposta, do posicionamento e do domínio da técnica. Cada luta era mais sobre estratégia do que sobre espetáculo, exigindo leitura do adversário e execução precisa.

Dos fliperamas aos consoles

O sucesso nos arcades foi tão grande que logo o jogo migrou para os consoles domésticos. Em 1994, Virtua Fighter foi um dos carros-chefe do lançamento do Sega Saturn. Apesar de ser tecnicamente inferior à versão original, teve papel essencial na divulgação do console. Um ano depois, a Sega lançou Virtua Fighter Remix, uma versão aprimorada com melhorias gráficas, texturização nos modelos e performance mais estável — corrigindo as falhas do primeiro port.

Enquanto isso, a franquia também começou a aparecer em formatos alternativos. Em 1996, Virtua Fighter Animation chegou ao portátil Game Gear. Inspirado no anime baseado na série, esse jogo adotou uma estrutura 2D e incorporou cutscenes em estilo mangá no modo história. Akira era o protagonista, e outros rostos conhecidos como Pai, Sarah, Jacky, Kage e Dural também estavam presentes.

No ano seguinte, a Tectoy adaptou esse mesmo jogo para o Master System, exclusivo para o mercado nacional. Essa versão, embora tecnicamente simples, se tornou uma raridade e parte importante do legado do Master System por aqui.

E o Mega Drive?

Virtua Fighter 2 chegou ao Mega Drive em 1996 em adaptação 2D
Virtua Fighter 2 chegou ao Mega Drive em 1996 em adaptação 2D
Foto: Reprodução

Apesar de sua enorme base de fãs, o Mega Drive nunca recebeu uma versão oficial do primeiro Virtua Fighter. No entanto, em 1996, a Sega lançou uma adaptação 2D de Virtua Fighter 2 para o console.

Em vez de gráficos poligonais, foram usados sprites desenhados, e a jogabilidade foi simplificada para se adequar ao hardware. O resultado foi um jogo competente dentro das limitações, mas que em nada lembrava a sofisticação técnica do original.

Mesmo com suas limitações, foi uma forma da Sega levar a marca Virtua Fighter ao público do Mega Drive, que não teve acesso ao poder gráfico do Saturn. O jogo em si é lembrado hoje com nostalgia e curiosidade. Ele simboliza os desafios (e as soluções criativas) de adaptar títulos avançados para plataformas mais modestas.

Um legado que resiste

Um novo Virtua Fighter está em desenvolvimento
Um novo Virtua Fighter está em desenvolvimento
Foto: Reprodução

Mais de 30 anos depois, Virtua Fighter continua sendo uma referência incontornável no gênero. Enquanto outras séries seguiram caminhos mais cinematográficos, com histórias elaboradas e golpes espetaculares, Virtua Fighter manteve sua essência: realismo, precisão e respeito às artes marciais.

Após um período de hiato, a Sega está reintroduzindo a franquia para um novo público. O relançamento de Virtua Fighter 5 Ultimate Showdown/Virtua Fighter 5 R.E.V.O. trouxe o jogo para os consoles modernos com gráficos atualizados e suporte competitivo online.

Além disso, está em produção um novo capítulo — Virtua Fighter 6 — nas mãos do Ryu Ga Gotoku Studio, responsável pela franquia Yakuza/Like a Dragon. Ainda sem nome oficial ou data definida, o projeto promete resgatar o espírito técnico da série com o suporte de uma desenvolvedora consagrada.

Virtua Fighter não foi apenas o primeiro jogo de luta em 3D. Foi o início de uma nova linguagem para o gênero, uma que valorizava mecânicas bem pensadas, estilos reais de combate e uma abordagem mais cerebral do que visual. A visão da Sega se mostrou mais do que ousada: foi transformadora.

Mesmo após anos de ausência, a franquia se mantém viva graças ao respeito de sua base de fãs, ao valor histórico que carrega e à influência que exerce sobre todo o gênero de jogos de luta. Em tempos de nostalgia e recomeços, Virtua Fighter prova que ainda há espaço nos ringues para a técnica, o realismo e o bom combate.

Fonte: Game On
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