Jogamos: Battlefield 6 mostra a adrenalina dos mapas em larga escala
O Game On testou os mapas Vale Mirak e Operação Tempestade de Fogo
Depois do beta aberto de Battlefield 6 focar em apresentar a destruição e o tiroteio que estarão presentes no jogo, muitos jogadores se perguntaram a respeito dos mapas de larga escala, que no final das contas são aquilo que fizeram a franquia Battlefield se tornar tão popular.
Faltando menos de um mês para o lançamento, esta semana tive a oportunidade de passar quase três horas jogando dois desses mapas, incluindo Vale Mirak e Operação Tempestade de Fogo, com este último sendo um remake do mapa clássico de Battlefield 3, considerado um dos melhores de toda a franquia.
Conquista, Ruptura e Escalada
No período de teste, havia três modos disponíveis para serem jogados nos dois mapas. O primeiro deles, Conquista, que é um modo clássico de Battlefield e na minha opinião o melhor de todos, oferece batalhas entre 64 jogadores que são divididos em duas equipes com 32 jogadores cada, onde vence o lado que conseguir zerar a pontuação do adversário capturando pontos de interesse pelo mapa.
Tanto no Vale Mirak quanto na Operação Tempestade de Fogo eu me diverti absurdamente e consegui experimentar boa parte das armas e acessórios, especialmente das classes Engenharia e Suporte, que são as minhas favoritas, e saí muito satisfeito com a maior parte daquilo que presenciei.
Tanques, helicópteros, jatos e outros veículos também estavam à disposição, e devo dizer que a sensação de derrubar um helicóptero usando um tanque continua impagável.
Não havia muitos jogadores reais durante o teste, então boa parte dos confrontos ocorreu em uma mistura de pessoas reais e bots. Nisso foi possível perceber que embora os bots não fossem muito bons no combate tradicional com armas de fogo e em veículos de combate leves, eles faziam bom uso dos tanques, dando um pouco de trabalho nisso quando não havia alguém de Engenheiro, Reconhecimento ou outro tanque por perto para destruí-los.
Falando do modo Ruptura, outro velho conhecido da franquia, ele envolve uma equipe defendendo dois pontos no mapa e outra tentando capturar esses pontos. Trata-se de um modo onde a área de atuação fica mais enxuta, requerendo que os jogadores tenham mais coordenação se quiserem vencer.
Não é um modo para o qual pretendo dar muita atenção quando Battlefield 6 for lançado, mas ele é interessante de se jogar se você estiver em busca de ação mais imediata e partidas mais rápidas.
O último modo, Escalada, é inédito. Ele lembra um pouco o modo Conquista, com os jogadores ainda tendo que capturar pontos de interesse espalhados em um mapa de larga escala. Entretanto, neste caso, quando uma equipe obtém o maior número de locais capturados, a barra de progresso dela vai enchendo. Assim que ela fica totalmente cheia, a equipe marca um ponto e o mapa fica com menos locais de captura. O primeiro time que fizer três pontos, vence.
Trata-se de um modo de jogo que pode agradar os jogadores que desejam experimentar algo novo, mas sem abandonar aquilo que torna o modo Conquista tão especial.
No geral, gostei mais desta experiência de Battlefield 6 do que aquela mostrada no beta aberto. Houve melhorias em coisas como a animação e comportamento dos personagens, e o manuseio das armas recompensando mais quem se preocupa não apenas em atirar, mas também em mirar.
No entanto, há alguns bugs que precisam ser remediados, como um que faz o personagem aleatoriamente pular mais alto do que deveria, outro que deixou o placar de uma das equipes do modo Conquista na Operação Tempestade de Fogo ficar zerado desde o começo da partida, impossibilitando de ver a pontuação real, e um bem grave que fez com que os helicópteros parassem de ser disponibilizados na base.
Além disso, houve jornalistas no teste que relataram problemas em mirar no PC com mouses da Razer, sendo algo que a equipe do jogo falou que iria averiguar. Eu utilizei um mouse da Logitech e não tive problemas.
Não seria uma má ideia melhorar também alguns acessórios, como o morteiro, por exemplo, que parecia inútil na forma em que se encontrava no teste.
Falando do desempenho, ele continua tão bom quanto no beta aberto, com Battlefield 6 se desenhando para ser um dos jogos mais bem otimizados da geração. No entanto, é necessário que forneçam uma forma de aumentar a distância na qual os objetos renderizam na tela, pois atualmente isso está muito baixo, mesmo rodando com os gráficos na qualidade máxima.
Considerações
Após passar mais um tempo em Battlefield 6, desta vez em mapas de larga escala, estou ainda mais confiante em dizer que a franquia parece ter finalmente voltado ao que era, trazendo muita diversão e batalhas frenéticas aos jogadores. Dito isso, há alguns bugs que precisam ser resolvidos até o lançamento, então espero que a Electronic Arts fique em cima da maioria deles para garantir uma experiência sem dor de cabeça aos jogadores.
No final das contas, fico apenas com uma dúvida no ar: E o modo single-player, quando será mostrado? A expectativa é de que a EA apresente-o com mais detalhes nas próximas semanas, pois os jogadores que querem jogar Battlefield 6 apenas pela campanha merecem vê-la de forma antecipada.
Battlefield 6 chega em 10 de outubro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series.
