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Organização XIS quer aumentar diversidade nos esports

Luiz Fontes comenta sobre ações para tornar o meio competitivo mais inclusivo

12 ago 2022 - 13h58
(atualizado às 14h05)
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Segundo CEO, XIS tenta trabalhar em diversidade nos esports
Segundo CEO, XIS tenta trabalhar em diversidade nos esports
Foto: XIS OG / Divulgação

Os esportes eletrônicos se popularizaram nos últimos anos e, neste contexto, várias organizações surgem no cenário do Brasil. Entretanto, o cenário nacional de esports ainda não é diverso e não são todas as pessoas que conseguem oportunidades de se profissionalizar no meio. Com a promessa de tentar mudar isso, a organização XIS  possui projetos para promover inclusão nos esportes eletrônicos.

Em conversa exclusiva com o Game On, Luiz Fontes, fundador e CEO da XIS, contou sobre os desafios de tentar mudar um cenário consolidado e pouco diverso. Além disso, Luiz também pontuou sobre o fato de ter tido mais oportunidades por ter condições privilegiadas e como usa isso para tentar ajudar o cenário.

Aprendizado com a experiência

No cenário há pouco mais de um ano, Luiz conta que já aprendeu muito com as vivências. Um dos exemplos é a criação de line-ups exclusivamente femininas para disputa dos campeonatos. Inicialmente, a XIS não pensava em ter times femininos, mas sim lines mistas.

"Inicialmente a gente não pensava em ter times femininos para disputar campeonatos femininos. Queríamos mostrar que é possível ter meninas jogando os campeonatos principais. Depois percebemos que as questões são mais complexas do que idealizamos. A falta de oportunidades, seja para mulheres ou pessoas lgbtqia+, vem muito da base", comenta.

A XIS chegou a fazer história no Free Fire, ao se tornar a primeira equipe a subir para a Série A da LBFF com duas mulheres no plantel. Entretanto, como Luiz pontua, ele, em conjunto com a organização, percebeu que era preciso fazer mais para encerrar um ciclo vicioso do cenário.

"As mulheres não têm oportunidade em quase nenhum lugar, de ter essa experiência de competitivo, o que acaba se tornando um ciclo: sem oportunidades elas não adquirem experiência de competitivo, sem experiência o desempenho não cresce na mesma proporção que os homens que têm essas oportunidades desde o início e como o desempenho não cresce, cada vez menos são dadas as oportunidades. E nós vimos que precisamos fazer um trabalho de base e desenvolver essas pessoas desde o início", analisa.

Diversidade nas modalidades

Segundo Luiz, além de tentarem dar oportunidades para pessoas que não possuem tantas, a XIS ainda tenta levantar cenários menos badalados. O investimento no competitivo de Pokémon Unite foi o reflexo disso.

"Como um dos pilares da XIS, a nossa proposta é sempre inovar e contribuir para o cenário. O Pokémon Unite foi uma oportunidade que vimos de desenvolver um cenário de esports novo e que abrace públicos diferentes. Por possuir uma mecânica diferente, uma estrutura diferente, uma base de fãs tão grande quanto a de Pokémon e ainda estar começando, pensei: por que não inovar e investir nesse cenário?", pontua.

Dar oportunidades

Por ser homem, branco e com possibilidade de investir no cenário, Luiz afirma que tenta usar sua posição privilegiada para capacitar os esportes eletrônicos e incluir quem normalmente ficaria de fora. De acordo com ele, a XIS tenta evitar um discurso vazio de inclusão.

"A gente busca colocar mulheres nesse espaço de liderança, que vão fazer as estratégias seja de inclusão nos esports, seja em inclusão da diversidade nos nossos conteúdos, de como nos expressamos, para aplicar do jeito certo e não uma diversidade ‘para inglês ver’", finaliza.

Fonte: Game On
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