"Ele está mais pretensioso", diz produtor sobre 'Batman Arkham Origins'
Enquanto Batman Arkham Origins era lançado em todo o mundo no último sábado (26), Eric Holmes, diretor criativo do novo jogo do Homem Morcego, acompanhava pela tela do seu smartphone as respostas dos fãs da franquia nas redes sociais e fórum, diretamente do Brasil Game Show, em São Paulo. Entre uma entrevista e outra com os jornalistas brasileiros, o americano vasculhava por comentários no Facebbok, Twitter e Reddit e, na minha vez, ele já estava mais tranquilo.
“As pessoas parecem que estaão realmente gostando da história. Isso foi realmente o nosso foco: ter certeza que era um enredo sólido, porque os anteriores cumpriram esse papel muito bem”, disse Holmes ao Terra, com o aparelho ainda na mão.
Mas o que Arkham Origins – que retrata a transformação do órfão Bruce Wayne em Batman e apresenta seus principais inimigos – tem de melhor comparado aos seus antecessores? O próprio herói, que mais jovem mostra a fragilidade de todo homem comum.
“A personalidade de Batman mudou. Ele está mais novo, mais pretensioso, tem aquela energia jovem que acha que vai conquistar o mundo sozinho”, explicou Holmes. “Ele é cheio de recurso, mas no início da carreira de herói não entende onde está se metendo. Então ele ainda tenta entender quem ele é. E esse foi um dos nossos principais objetivos no jogo: mostram o que Batman passou também como indivíduo.”
Em Arkham Origins, o primeiro da franquia sem o desenvolvimento do estúdio britânico Rocksteady, o novo herói de Gotham City tem sua cabeça colocada a preço por Máscara Negra na véspera do Natal. Com isso, nomes como Bane, Pistoleiro, Exterminador, Vagalume, Crocodilo e a própria polícia vão atrás do herói. Além de apresentar um cenário em mundo aberto, duas vezes maior que em Arkham Asylum, o novo jogo introduz pela primeira vez o modo multiplayer.
E ao apresentar um jovem Batman, a Warner Bros. recorreu aos quadrinhos que também introduzia o homem morcego. “Legends of Dark Knight, acho que de 1989, começa com um herói menos moldado e apresenta os personagens um por um. Então quando o Batman encontra o Coringa, é a primeira vez que eles são apresentados e assim com outros inimigos. Antes disso tinha uma série chamada Batman: Year One, que começa com Bruce Wayne voltando à Gotham, sem saber como ele vai usar todas as habilidades marciais que aprendeu, mas com a certeza que precisa fazer a diferença na cidade. Portanto, todas essas histórias foram vitais para a formação do herói, e esse foi o espírito que queríamos transpor para o jogo.”
Sobre o recomeço na franquia, Eric ainda disse que fãs e novatos vão aprender coisas novas com Arkham Origins. “Se você jogou os outros games da série, esse aqui vai preencher algumas brechas no enredo, mostrando revelações ao longo da história. E se você não jogou ainda a série Arkham, essa é uma grande oportunidade para começar, porque é fácil de jogar e aprender sobre o personagem”, explicou.
Batman: Arkham Origins já está disponível para Xbox 360, PS3, PC e Wii U. Apenas a versão para o novo console da Nintendo não terá modo multiplayer. Junto com a versão para videogame, chegará às lojas Batman: Arkham Origins Blackgate, para 3DS e PS Vita. Uma versão free-to-play também está disponível para iOS e Android.
