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Big Brother Brasil: Relembre o primeiro game oficial do reality

Conheça a história do jogo do BBB que tentou ser um "The Sims" brasileiro

24 jan 2022 - 11h48
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BBB: O Jogo
BBB: O Jogo
Foto: Continuum / Reprodução

No último dia 18, a Rede Globo deu o pontapé para a 22ª edição do Big Brother Brasil (ou BBB 22, para os já iniciados), dando continuidade à tradição que já dura vinte janeiros. Junto do reality show favorito dos brasileiros, estreou também um game para celular, em que os fãs dão palpites e apostam em quem sairá da casa.

O que nem todo mundo sabe é que este não é o primeiro game inspirado no popular reality show. Em 2002, o programa rendeu um jogo de simulação para PC, um autêntico "The Sims" brasileiro. Conheça (ou relembre) a trajetória de BBB: O Jogo:

Prova do líder

Casa do BBB no game de 2003
Casa do BBB no game de 2003
Foto: Continuum / Reprodução

Sucesso desde que começou, o Big Brother Brasil tem todos os ingredientes para um grande candidato à videogame: vários personagens, intrigas, fofocas e provas diversas. O sucesso de The Sims, da Electronic Arts, obviamente traçou o caminho a ser trilhado pelo game brasileiro, porém o grande desafio estava nas condições em que o game seria produzido.

A produtora curitibana Continuum - que tinha desenvolvido o jogo de estratégia Outlive - e a Rede Globo já haviam estabelecido uma parceria, e um game baseado em outro reality da emissora carioca, No Limite, já estava em produção. O sucesso do BBB, porém, levou a Continuum a começar a toque de caixa o desenvolvimento do novo projeto para ser lançado à tempo da final do programa. Com o Big Brother em andamento na televisão, a pequena equipe paranaense reaproveitou e adaptou 'assets' e mecânicas de jogo destinadas ao game No Limite (que por sua vez era produzido sob a mesma engine de Outlive), e fazendo das tripas coração, entregou um game completo em apenas duas semanas!

O resultado, como era de se esperar numa situação dessas, foi um jogo bastante simples, básico em tudo o que propõe. Gráficos e sons eram econômicos e fizeram o mínimo para reproduzir a mansão onde as primeiras edições do BBB aconteceram. Os personagens nada tinham a ver com os brothers e sisters da vida real, se resumindo a poucas opções pré-feitas. As interações e ações possíveis para os personagens controlados pelo jogador eram o suficiente para familiarizar quem já estava assistindo ao programa na TV. O game penava para ser uma extensão dessa experiência, mas dadas as condições de temperatura e pressão, até que BBB: O Jogo deu conta do recado.

Entrando no jogo

Personagens de BBB: O Jogo
Personagens de BBB: O Jogo
Foto: Continuum / Reprodução

Como sempre apontam os participantes do Big Brother, o jogo do reality show depende muito de saber conviver com os outros moradores da casa mais vigiada do Brasil. No game de 2003, o personagem do jogador pode conversar com todos os outros brothers para aumentar o nível de relacionamento e desbloquear novas opções de interação, chegando até a paquerar ou entrar em relacionamentos mais sérios! Também dá para arrumar brigas com os outros participantes e depois, tentar uma reconciliação.

Assim como na televisão, a casa do BBB virtual seguia uma rotina simples de provas do líder e paredões - naquela época, o reality ainda não tinha coisas como as provas do anjo, monstro ou xepa. Tempos mais simples, de fato. Um problema grave no game era que as provas não dependiam da habilidade do jogador, tudo era resolvido na mais pura sorte - o que tirava muito da diversão do jogo.

BBB: O Jogo
BBB: O Jogo
Foto: Continuum / Reprodução

Na hora do Paredão, cada participante vota em quem quer ver eliminado e há até uma contagem de votos em tempo real para descobrir quem o público vai colocar para fora da casa. Só faltou mesmo um Pedro Bial digitalizado fazendo um discurso emocionado no final.

Eliminação

Lançado em 2002, o jogo do BBB obteve algum destaque nas revistas de games da época, ganhando inclusive, uma resenha (não muito positiva) na recém-lançada EGM Brasil. Ainda é possível encontrar o game na internet, para quem tem um interesse mais "arqueológico", mas não espere nenhuma obra prima.

Após o jogo do BBB, o estúdio curitibano ainda lançou outros dois games baseados em propriedades da Globo, o já citado No Limite e Xuxa e os Duendes 2 - No Caminho das Fadas. O estúdio também desenvolveu jogos para revistas especializadas, como a Revista do CD-ROM e BIGMAX, porém nunca foi capaz de conseguir estabilidade financeira e terminou encerrando as atividades em 2009.

Apesar de BBB: O Jogo não ter sido um sucesso tão grande ou longevo quanto o reality show, a Globo nunca deixou de apostar em games ligados ao programa, como o mobile My Big Brother, de 2005, estrelado por Jean Willys, Grazi Massafera e outros participantes do BBB 5, e funcionava como um "Tamagotchi" dos brothers e sisters; e agora, o também mobile Big Game BBB 22, que segue os moldes do popular fantasy de futebol Cartola, também publicado pela Globo.

Fonte: Game On
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