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Análise: Dying Light contorna problemas e diverte no Switch

Jogo chega ao console da Nintendo 6 anos após lançamento original e funciona bem no modo portátil, mesmo com limitações gráficas

5 nov 2021 - 15h43
(atualizado às 15h44)
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Dying Light: Platinum Edition
Dying Light: Platinum Edition
Foto: Techland/Divulgação

A Techland jamais poderá ser acusada de falta de ambição. Títulos como Call of Juarez e Dead Island conquistaram uma certa legião de fãs, mas nunca mostraram todo o potencial da desenvolvedora, e Dying Light foi uma das grandes surpresas da última geração de consoles, revelando toda a qualidade dos poloneses.

Lançado em 2015 para PC, Xbox One e PlayStation 4, o  jogo de ação que mistura parkour com sobrevivência em primeira pessoa em um mundo aberto pós-apocalíptico foi bem recebido e ganhou expansões e diversos extras desde então. Com o lançamento de Dying Light: Platinum Edition, a Techland prepara os fãs para a tão aguardada sequência Dying Light 2: Stay Human e finalmente leva o pacote completo ao Nintendo Switch. É hora de voltarmos para Harran e conferir o resultado de um ambicioso port.

Adaptação ou morte

Jogabilidade é o grande trunfo de Dying Light, mas será preciso se readaptar
Jogabilidade é o grande trunfo de Dying Light, mas será preciso se readaptar
Foto: Techland/Divulgação

Na pele de Kyle Crane, nos deparamos com uma Harran pós-apocalíptica infestada de zumbis e precisamos realizar diversas tarefas em um vasto mundo aberto lotado de perigos e conteúdo. Jogando no Nintendo Switch Lite, nossa primeira missão é a adaptação aos comandos nos joy-cons, algo que não é tão simples de início. 

Um dos trunfos de Dying Light é justamente a movimentação rápida e dinâmica com perspectiva em primeira pessoa. Inserir o parkour como um dos elementos centrais da jogabilidade permite uma exploração livre e ampla, mas expõe um dos problemas do console: os joy-cons não oferecem uma boa ergonomia para longas jogatinas e cansam com o tempo, mesmo que isso tenha melhorado na versão exclusivamente portátil do console da Big N.

Além disso, algumas falhas eventuais podem irritar quando estamos (re)aprendendo os movimentos no início da jornada, algo que está presente desde o lançamento do jogo original nos consoles, mas que é agravado pela pegada do Switch Lite que dificulta o controle da câmera enquanto saltamos freneticamente por Harran.

Ainda assim, esses problemas podem ser contornados quando nos dedicamos a períodos mais curtos de jogatina, que são uma boa pedida para jogos de mundo aberto que tornam cada conquista no mapa satisfatória o suficiente para podermos descansar um pouco.

Downgrade gráfico existe, mas não atrapalha no portátil

Limitação gráfica rapidamente é esquecida no modo portátil
Limitação gráfica rapidamente é esquecida no modo portátil
Foto: Techland/Divulgação

Gráficos primorosos nunca foram destaque no Nintendo Switch, e a Techland precisou espremer o que podia para viabilizar o jogo em um ambiente com tantas limitações gráficas, o que fica evidente logo nos primeiros minutos de jogo nas cutscenes ou durante o gameplay. Os ambientes não são tão bonitos e parecem embaçados, as texturas não são da melhor qualidade e sombras e outros elementos gráficos não chamam a atenção. 

No entanto, nada disso é de fato um problema quando estamos jogando no modo portátil. A pequena tela do Switch Lite lida bem com os downgrades e torna o desempenho mais do que satisfatório no pequeno console, com uma taxa de quadros por segundo agradável aos olhos e que raramente apresenta quedas drásticas. Assim, priorizar o desempenho se mostra um acerto da Techland e traz uma experiência interessante, mesmo quando a ação na telinha parece frenética demais. 

Além disso, há certos detalhes que só uma tela sensível ao toque como a do Nintendo Switch pode oferecer. É possível, por exemplo, utilizar o recurso nos menus, o que facilita as diversas trocas no inventário, interações com os mapas e navegação pelas árvores de habilidades de Kyle Crane. Esses recursos não são revolucionários, mas não deixam de serem interessantes e, de certa forma, tentam compensar a limitação gráfica.

Veredito

Dying Light: Platinum Edition é muito bem-vindo à biblioteca do Nintendo Switch e traz incontáveis horas de diversão com seu gameplay imersivo e profundo, seja na campanha principal ou nas diversas atualizações. Questões como downgrade visual e problemas ergonômicos podem até afetar a jogabilidade, mas ficam de lado quando notamos o quão divertido pode ser reviver na palma da mão - e em qualquer canto da casa - uma das melhores experiências de survival horror dos videogames.

Dying Light: Platinum Edition (Switch)
Dying Light: Platinum Edition (Switch)
Foto: Game On/Reprodução

Dying Light: Platinum Edition está disponível para PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows e Nintendo Switch. 

*A análise do jogo foi feita com uma cópia gentilmente concedida pela Techland.

Fonte: Game On
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