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Análise: "Duke Nukem Forever" retorna em ação pouco inspirada

30 jun 2011 - 14h06
(atualizado às 14h09)
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Renato S. Bueno

Após 14 anos de uma conturbada produção, a 2K Games lança o jogo Duke Nukem Forever. Com diversas referências ao clássico Duke Nukem 3D, o politicamente incorreto herói valentão está de volta para "chutar o traseiro" dos diversos alienígenas que voltaram a invadir o planeta. A experiência pode ser frustrante, principalmente para quem jogou o clássico jogo de tiro.

Jogo de tiro em primeira pessoa será lançado para 360, PS3 e PC
Jogo de tiro em primeira pessoa será lançado para 360, PS3 e PC
Foto: Divulgação

O Jogo

Após Duke ter salvado o mundo dos alienígenas no clássico Duke Nukem 3D, o personagem é retratado na nova versão como um "rei", dono de uma propriedade com cassino, museu e, claro, da constante adoração de diversos fãs, sendo a maioria mulheres, presentes no jogo.

Porém, com sede de vingança, as criaturas já conhecidas por Duke, retornam para atingir o protagonista onde ele mais sentiria, ou seja, sequestrando as mulheres do planeta. Algo mais que suficiente para irritar Duke e fazê-lo partir para a pancadaria.

A energia do personagem está localizada no canto esquerdo da tela e representa o EGO do personagem, quanto maior for o dano recebido, menor ficará o EGO de Duke, tendo de procurar proteção e esperar pelo mesmo se recuperar, ou então poderá interagir com diferentes elementos, como observar a própria beleza em um espelho, utilizar mictórios, executar inimigos brutalmente e várias outras ações para restaurar sua energia rapidamente.

Mantendo a fama de politicamente incorreto, o jogador também poderá tomar esteróides para ganhar força bruta e, literalmente, destruir os inimigos que surgirem pela frente. Tomar cerveja também garante uma visão meio borrada das coisas ao jogador, além de tornar Duke mais resistente.

Há também momentos em que o jogador será encolhido ao tamanho de um brinquedo, tendo que superar os obstáculos gigantes a sua frente e utilizá-los para completar objetivos, como pular em sofás para alcançar plataformas mais distantes. Por ser minúsculo, Duke também terá de tomar cuidado com os inimigos em tamanho normal, que são muito mais difíceis de serem abatidos, sem contar que os mesmos se aproximam facilmente do personagem e tentam esmagá-lo.

Irmãs taradas

O humor presente no game merece destaque na franquia, Duke mantém as frases ácidas de provocação e até de sátiras a outros jogos como Halo, o famoso jogo de tiro em primeira pessoa da Microsoft. O personagem ainda tira sarro das atrizes gêmeas Mary-Kate e Ashley Olsen, que fizeram sucesso como as crianças da série Três é Demais de 1987, inserindo no game as irmãs taradas Mary e Kate Holsen, as "namoradas" de Duke.

Referências clássicas

Duke Nukem 3D foi um grande sucesso em 1996 e ficou marcado na história dos jogos de tiro em primeira pessoa. Sabendo disso, a 2K Games utilizou de diversas referências ao clássico, desde as populares armas do jogo como a pistola, a potente calibre 12, o devastador lança-mísseis, entre outros até a trilha sonora reformulada da franquia anterior.

Alguns clássicos inimigos de Duke também estão de volta, como as criaturas que lembram uma mistura de homem e porco munidas de uma escopeta, ou os alienígenas com pistolas a laser que atacam tanto na terra quanto do alto. Os chefes são poderosos e levam o jogador a criar estratégias rápidas de ataque e defesa, pois a maioria deles possuem ataques poderosos que tiram boa parte da energia do protagonista. Com destaque para o primeiro desafio do jogo, que nada mais é que um remake do chefe final do clássico Duke Nukem 3D.

Quebra-cabeças

Apesar de ser uma franquia famosa pela ação direta, Duke Nukem Forever também conta com pequenos quebra-cabeças, que geralmente envolvem um pequeno carrinho temático, onde o jogador terá de empurrar objetos para conseguir adquirir itens importantes. Outros são apenas desafios de movimentação de itens, mas nenhum exige tempo do jogador.

Moderno demais

Um dos problemas do jogo certamente é devido a falta da possibilidade de carregar mais de duas armas, medida que é tomada atualmente na maioria dos jogos do mesmo estilo, porém, no caso de Duke Nukem Forever, torna o game limitado, principalmente para aqueles que já tiveram a chance de jogar o clássico Duke Nukem 3D, no qual o arsenal do protagonista era vasto.

Multiplayer

O modo online do jogo se resume a uma palavra: frenético. Até o mais inexperiente dos jogadores terá sua chance de matar outros personagens, pois a ação é rápida e sem muita enrolação. Os modos não inovam. As tradicionais modalidades de capturar a bandeira (Que no caso de Duke Nukem Forever são simbolizadas por garotas), proteção da base e o modo de matança desenfreada estão presentes no jogo. O multiplayer do jogo chega a ser divertido no começo, mas depois se torna cansativo e repetitivo.

Gráficos fracos

A parte visual de Duke Nukem Forever deixa a desejar, os cenários são muito similares uns aos outros e se tornam repetitivos nas fases. Outro defeito notável são as texturas fracas que são porcamente desfocadas.

O mais notável, no entanto, é a movimentação do corpo dos personagens, que chega a beirar o bizarro e pode ser facilmente notadas pelo jogador ao pular, se movimentar lateralmente em frente ao espelho ou, simplesmente, disputando uma partida online, em que os personagens se movem freneticamente de forma estranha.

Barbeiro

Dirigir os carros de Duke Nukem Forever é uma tarefa difícil e irá exigir paciência do jogador, os controles são estranhos e, quando o jogador está na forma de Duke encolhido, tudo se torna ainda mais difícil, muitas vezes, ao tentar escapar dos inimigos em tamanho real, Duke se verá preso em cantos do cenário, tornando-se um alvo fácil para os alienígenas.

Conclusão

Duke Nukem Forever passa a impressão de um jogo feito às pressas, o que é contraditório, já que o game foi anunciado em 1997 e lançado recentemente. As missões são simples e lineares como deveriam ser e as referências ao passado trazem lembranças nostálgicas aqueles que jogaram o clássico Duke Nukem 3D, porém a decisão de "modernizar" o jogo permitindo que o jogador carregue apenas duas armas de cada vez, além de estratégias, quase que obrigatórias, de se esconder para proteção não condizem com o estereótipo de valentão de Duke.

Duke Nukem Forever gerou muita expectativa nos jogadores, mas ao jogar um pouco do mesmo, é impossível não sentir uma certa frustração, principalmente aqueles que passaram bons momentos jogando a versão Duke Nukem 3D. O resultado é que o jogo teve uma divulgação muito acima do que ele vale, pois o game não inova e não condiz com o longo tempo de desenvolvimento. Nota 7,5/10.

Fonte: Terra
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