Mundial parece impossível para José Roberto Guimarães; azar da competição
Treinador revive o trauma de não conseguir conquistar o Mundial de vôlei
Já se vão 22 anos desde que José Roberto Guimarães iniciou sua trajetória na seleção feminina de vôlei. Por lá passaram Fabi Claudino, Jaqueline, Sheila, Thaisa, Fabi e outras grandes jogadoras. E uma barreira parece ser insuperável: a de ser campeão mundial.
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Não se discute mais se o treinador é o maior da história da modalidade. São três ouros olímpicos, uma prata e um bronze. Três vice-campeonatos Mundiais, mas o lugar mais alto do pódio parece não querer dar esse gostinho ao técnico. Sinto informar, mas só o Mundial tem a perder.
Hoje, ele contava com sua capitã Gabi, que fez sua parte em uma partida realmente impressionante, o que justifica o status de uma das maiores jogadoras do mundo. As arquibancadas da Tailândia estavam ao lado das brasileiras.
E a Seleção fazia o que parecia impossível na manhã deste sábado. São mais de 30 jogos em que a Itália não perde para ninguém. Ao abrir 2 a 1 no jogo, parecia que a vaga na final viria, mas não veio.
Nem os absurdos 29 pontos de Gabi, mais de um set na conta da ponteira, foram suficientes para a vitória chegar. Aliás, Gabi é o melhor reflexo do trabalho impressionante de José Roberto Guimarães, que tantas jogadoras revelou como comandante da seleção.
Aos 71 anos, o treinador poderia falar que pegou a ponteira no colo. Foi em 2014 que ela começava a encantar o mundo em uma seleção recheada de craques. E, em 11 anos, seu crescimento passa muito pelo trabalho do treinador. A menina tímida de 20 anos que encarou o Mundial na Itália lá atrás se tornou uma fortaleza e capitã de um time cheio de jogadoras jovens.
É preciso falar sobre a importância de Rosamaria, tão atacada depois da derrota na Nations League. Ela foi fundamental para encarar de frente a Itália.
No fim, lágrimas em quadra e uma cena que se repetiu tantas vezes nos anos. O que fica é a esperança do tricampeonato olímpico em Los Angeles, em 2028.