Mari e Sheilla podem formar dupla de vôlei de praia pós-2012
Duas das principais atacantes do voleibol brasileiro, a ponteira Mari e a oposta Sheilla podem, daqui a três anos, trocar os ginásios pelas areias, formando uma parceria que agitaria o vôlei de praia mundial. Pelo menos é isso que afirma o técnico da Seleção Brasileira feminina, José Roberto Guimarães.
"Eu acho que depois das Olimpíadas de Londres, em 2012, elas vão para a praia. As duas falam sobre isso", comentou o treinador. Além de comandar as jogadoras no time nacional desde 2003, Zé trabalhou com as atletas no Pesaro, da Itália, entre 2006 e 2009 - antes, no Osasco, ele ainda deu as primeiras chances para Mari no vôlei profissional.
Apesar de tão longa relação com as jogadoras, Zé Roberto fez questão de ressaltar que este não é um plano definitivo. "Pode ser que depois, se tudo for bem no indoor, elas mudem de opinião. Mas estou sentindo que existe essa possibilidade no futuro", afirmou.
Procuradas pela reportagem para falar sobre seus planos para o futuro, Mari e Sheilla não foram encontradas porque estão viajando. A possível decisão delas é um dos motivos pelo qual Zé Roberto insiste em treinar Natália como ponteira, a despeito das belas atuações da jovem na saída de rede.
"Quais são as ponteiras passadoras para as Olimpíadas de 2016? A Mari vai para a praia e eu não acredito que a Paula, a Jaque e Sassá cheguem até lá na Seleção. Seis anos é muito tempo e o Brasil tem uma carência muito grande nesta posição. Por isso, estou me precavendo. Sei que hoje a Natália rende mais como oposta, mas ela não pode deixar de fazer outro fundamento pelo bem do volei brasileiro", explicou.
A transferência de jogadores da quadra para a praia é comum: Tande, Giovane, Marcelo Negrão, Nalbert, Virna, Isabel e Leila são alguns exemplos desse processo. Quem mais se deu bem na opção foi Jaqueline Silva, campeã olímpica na areia em 1996, e Ana Paula, vencedora do Circuito Mundial de 2008.