PUBLICIDADE

ATP

Ex-nº 1, Ferrero vira técnico e viaja com último algoz da carreira

1 mar 2013 - 13h40
Compartilhar
Exibir comentários
<p>Ferrero é homenageado com moldura no ATP 500 de Valência de 2012; espanhol perdeu para o amigo Almagro na última partida da carreira</p>
Ferrero é homenageado com moldura no ATP 500 de Valência de 2012; espanhol perdeu para o amigo Almagro na última partida da carreira
Foto: EFE

O espanhol Juan Carlos Ferrero não conteve as lágrimas em 23 de outubro de 2012, em homenagem recebida na quadra do ATP 500 de Valencia logo após ser derrotado por Nicolás Almagro na partida que marcou sua despedida do tênis profissional. Quatro meses depois, o ex-número 1 do mundo está de volta ao circuito como técnico justamente do compatriota, o último tenista para quem perdeu na carreira.

“É muito diferente de ser um jogador. As coisas se veem diferentemente desde fora que de dentro da quadra”, diz Ferrero em entrevista exclusiva ao Terra em São Paulo, durante o Brasil Open de 2013.

O recém-aposentado jogador frisa que o técnico principal de Almagro segue sendo Samuel López, em treinamentos que ocorrem na Academia Equelite-Juan Carlos Ferrero, em Alicante. A novidade é que, em “quatro ou cinco torneios por ano”, o recém-aposentado jogador acompanhará Almagro, quando López não estiver presente.

“Tento ajudar o máximo possível, igual faço com todos os garotos da minha academia. Em especial Nico porque está perto dos 10 melhores (do mundo)”, afirma Ferrero. “Tento lhe transmitir o que me faltou no fim da carreira: estar um pouquinho mais calmo, mais sereno. Creio que se ele conseguir melhor um pouco em nível mental se meterá um pouco mais acima (no ranking)”.

Almagro, 27 anos, foi o número 9 do planeta em 2011 e é atualmente o 12. Uma de suas grandes referências na carreira foi Ferrero, o qual muitas vezes elogiou em entrevistas em São Paulo. Durante o Brasil Open de 2012, Nicolás foi confundido por um repórter que o chamou de “Juan Carlos” e imediatamente rebateu: “Juan Carlos? Gostaria de sê-lo, significaria que eu já teria um Roland Garros”.

Ferrero, 33 anos, não apenas venceu Roland Garros em 2003. Considerado um dos “Reis do saibro” no início da década passada, o “Mosquito” foi derrotado por Gustavo Kuerten na semifinal do torneio em 2000 e 2001, anos nos quais o brasileiro seria campeão. O espanhol ainda foi vice do mesmo Aberto da França em 2002 e do Aberto dos Estados Unidos em 2003. Neste último ano, liderou o ranking por oito semanas, entre os meses de setembro e novembro.

Coube ao destino colocar o ídolo frente a frente com o fã no último torneio da carreira de Ferrero, em Valência. “Quando nos inteiramos do sorteio se passou muita coisa na cabeça”, afirma Almagro, sorrindo, questionado sobre o jogo em que bateu o colega, na ocasião o número 161 do mundo, por 7/5 e 6/3. “Em quadra demos o melhor e fiquei feliz porque tive a sorte de jogar a última partida contra um grandíssimo tenista e um grande amigo como Juan Carlos”.

<p>Em primeiro torneio acompanhado por Ferrero, Almagro foi eliminado por Nalbandian nas quartas de final do Brasil Open de 2013</p>
Em primeiro torneio acompanhado por Ferrero, Almagro foi eliminado por Nalbandian nas quartas de final do Brasil Open de 2013
Foto: Fernando Borges / Terra

Ferrero, que nasceu em Onteniente, cidade próxima a Alicante e localizada na Comunidade Valenciana, foi homenageado durante o último torneio da carreira e recebeu uma moldura em que se via a sua imagem beijando a taça de Roland Garros. “Foi bonito. Contra um companheiro de treinamento na quadra, foi algo especial para mim”, lembra Ferrero.

“Tenho muito a aprender dele”, afirma Almagro, projetando o futuro. Conhecido pelo temperamento forte, “ele sabe perfeitamente que tem de estar mentalmente melhor se quiser seguir subindo”, conforme as palavras de Ferrero.

No Brasil Open de 2013, o primeiro torneio da nova parceria, Almagro não deu muitas mostras de serenidade e estraçalhou a raquete na quadra de saibro ao perder para o argentino David Nalbandian, nas quartas de final.

Ferrero, que evita chamar a si mesmo de técnico, também não confirma o rótulo de “ídolo” do compatriota mais jovem. “Não sei. Somos bons amigos, isso é certo”, afirma, com um sorriso no rosto.

Na madrugada desta sexta-feira para sábado, a partir da 1h (de Brasília), Juan Carlos tenta ajudar o colega em um grande desafio: Almagro enfrentará Rafael Nadal pela nona vez na carreira e buscará a primeira vitória contra o rival. Na partida válida pela semifinal do ATP 500 de Acapulco, a receita é de calma e serenidade.

&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;lt;a data-cke-saved-href=&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;quot; http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/belas-tenistas-florianopolis/iframe.htm&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;quot; href=&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;quot; http://www.terra.com.br/esportes/infograficos/belas-tenistas-florianopolis/iframe.htm&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;quot;&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;gt;veja o infogr&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;aacute;fico&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;lt;/a&amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;amp;gt;

Fonte: Terra
Compartilhar
Publicidade
Publicidade