WSL Finals: Yago Dora na liderança e Italo Ferreira classificado
Dois brasileiros se garantiram na briga pelo título mundial de 2025 e a janela da etapa da WSL abre no dia 27 de agosto.
A WSL concluiu a etapa de Teahupo'o, Taiti, nesta terça-feira (13) e definiu o chaveamento do Finals masculino e feminino. Yago Dora assegurou a lycra amarela de líder da temporada regular e Italo Ferreira se classificou na quinta posição. O australiano Jack Robinson se destacou, venceu o evento e pulou quatro colocações no ranking para se garantir na disputa pelo título mundial.
Jack Robinson fez uma apresentação histórica na etapa. Ele precisava vencer o evento para se classificar ao Finals e, com uma perfomance dominante, obteve o resultado necessário. Agora, o australiano chega a Cloudbreak como forte candidato a encarar Yago na bateria valendo o título mundial. Primeiro, Robinson encara Italo Ferreira em uma bateria de dois especialistas em ondas tubulares. Jack pode ser apontado como leve favorito devido ao seu histórico recente em etapas com este estilo de mar, mas o brasileiro não deixa a desejar em resultados positivos e, principalmente, com sua trajetória nas edições de Finals da WSL.
Quem também roubou uma vaga na decisão foi Griffin Colapinto, que estava na sexta posição do ranking antes de Teahupo'o e terminou a temporada regular no top 3. O norte-americano foi vice-campeão no Taiti e agora aguarda a definição do confronto entre Jack e Italo para conhecer seu rival no WSL Finals. A campanha de Colapinto foi de reação ao longo do ano, já que o surfista sofreu derrotas precoces nas primeiras quatro etapas e só conseguiu passar das oitavas em Bells Beach, quando foi semifinalista. Desde então, obteve três vice-campeonatos e mais duas eliminações em semifinais para subir no ranking.
O sul-africano Jordy Smith parou nas oitavas em Teahupo'o com uma atuação fraca. Caiu para a repescagem somando apenas 4 pontos no round inicial e, apesar de ter somado a maior nota individual do evento na eliminatória com um 9.50, voltou a falhar nas oitavas, quando somou um total de 3.33 na derrota para Kauli Vaast. Com isso, é justo dizer que o vice-líder da WSL chega ao Finals como grande zebra a conquistar o título mundial, mesmo após ter vestido a lycra amarela em um determinado momento e ter sido campeão em duas etapas.
A Brazilian Storm está muito bem representada no Finals. Yago Dora é o líder incontestável do ranking e vai a Fiji para garantir o título mundial. Para isso, basta que o catarinense vença a primeira bateria que surfar. Em caso de derrota na estreia, Dora ainda vai precisar superar seu adversário em duas baterias consecutivas. A trajetória de Yago em 2025 tem sido espetacular, e a expectativa é que ele confirme o favoritismo, mantendo a tradição da categoria masculina: o surfista que veste a lycra amarela ao fim da temporada regular consagra-se campeão mundial no Finals.
Por outro lado, Italo Ferreira iniciou o ano de maneira fulminante, vestiu a lycra amarela até a sétima etapa do ano e, depois disso, "desligou a turbina". O potiguar saiu da Austrália com três derrotas consecutivas na repescagem e caiu no ranking. Italo havia chegado em duas finais e uma semifinal nas primeiras três etapas da temporada e parecia nadar de braçada para conquistar o título mundial em 2025. Agora, chega ao Finals com a necessidade de, mais uma vez, vencer todas as baterias. Em 2022 e 2024, Ferreira foi vice-campeão mundial largando da primeira bateria do evento. Desta vez, terá pela frente duas referências em ondas tubulares em Robinson e Colapinto, e uma difícil missão de subir degraus até um possível confronto com Yago Dora.
O campeonato decisivo promete fortes emoções e a última edição deste formato deve ser a melhor em termos de ondas. Em Trestles, o mar apresentava condições pouco condizentes com a importância do Finals, mas Cloubreak tem tudo para deixar sua marca no WSL Finals. A janela abre no dia 27 de agosto para a definição dos campeões mundiais da WSL em 2025.