São Paulo tem votação apertada e aprova plano para o futuro
Aprovação no Conselho do São Paulo ocorreu no limite dos votos e expôs um cenário de divisão e tensão nos bastidores do clube
O Conselho Deliberativo do São Paulo aprovou, nesta quinta-feira (18), a proposta de orçamento apresentada pela diretoria para o exercício de 2026, uma decisão foi tomada por margem mínima: 112 votos favoráveis contra 107 desfavoráveis, além de quatro abstenções.
O planejamento financeiro apresentado pelo presidente Julio Casares prevê arrecadação de R$ 931,8 milhões para o próximo ano, incluindo aproximadamente R$ 180 milhões gerados pela venda de atletas, já as despesas estão estimadas em R$ 893,8 milhões, sendo R$ 542,89 milhões designados de forma exclusiva para o departamento de futebol.
Com esses números, a diretoria estima um superávit de cerca de R$ 37,9 milhões ao fim de 2026.
A votação apertada refletiu o clima de insatisfação entre conselheiros diante de episódios recentes envolvendo a gestão, o principal deles, divulgado pelo ge, está ligado a um esquema de exploração irregular de um camarote do Morumbis durante dias de shows.
Em áudio que veio a público, os diretores Douglas Schwartzmann e Mara Casares admitem participação no esquema de exploração clandestina do espaço, mediante denúncias, conselheiros de diferentes grupos protocolaram pedidos de punição e até de expulsão dos dirigentes, que se licenciaram dos cargos na última segunda-feira.
Na quarta-feira, durante a reunião que apresentou a proposta orçamentária aos conselheiros, torcedores do São Paulo estiveram no Morumbis para protestar contra a diretoria e os envolvidos no caso.
Nesta quinta, o Ministério Público solicitou a abertura de um inquérito policial, já a investigação será conduzida pela Polícia, que deverá ouvir os envolvidos nos próximos dias.