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Daniel Alves condena troca de técnicos no Brasil: "Loucura"

27 set 2019 - 23h00
(atualizado em 28/9/2019 às 09h28)
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Daniel Alves pediu para que a Europa sirva de exemplo ao futebol brasileiro em relação á troca de treinadores (Foto: Rubens Chiri/SPFC)
Daniel Alves pediu para que a Europa sirva de exemplo ao futebol brasileiro em relação á troca de treinadores (Foto: Rubens Chiri/SPFC)
Foto: Gazeta Esportiva

Um dia após o São Paulo anunciar Fernando Diniz, o quarto treinador do clube na temporada, Daniel Alves teve uma entrevista ao jornal britânico The Guardian, na qual crítica a incessante troca de técnicos no futebol brasileiro.

Nesta temporada, o São Paulo começou o ano com André Jardine, teve Vagner Mancini como interino até a chegada de Cuca, que pediu demissão na última quinta-feira, e agora conta com Fernando Diniz. O novo técnico, inclusive, estreia neste sábado, às 19 horas (de Brasília), no Maracanã, contra o líder Flamengo.

"Se você tem uma ideia clara, é menos provável que mude de treinador todos os anos. Existem clubes que têm dois ou três treinadores em um ano. É loucura. Você nunca cria estabilidade. É preciso haver um planejamento melhor. Você tem que fazer escolhas importantes e realmente apoiá-las. É isso que gera estabilidade dentro de um clube e equipe. Deveríamos refletir sobre os clubes europeus, que criam uma identidade", analisou o experiente jogador.

"É raro ver um grande clube europeu que um ano luta pelo título e o outro luta para evitar o rebaixamento. Porque os clubes são estáveis. O São Paulo tem uma ótima identidade como clube que realmente se preocupa com as categorias de base, mas não se preocupa em nível coletivo. Quero trazer um pouco da experiência que tive no exterior de como você pode melhorar um clube", completou.

Apesar da crítica sobre a constante mudança de treinadores, Daniel Alves exaltou a qualidade do jogador brasileiro, mas pregou a construção de um estilo de jogo em cada time para que o coletivo prevaleça em relação ao individual.

"Os clubes devem tentar criar uma identidade de jogo coletiva. O futebol brasileiro precisa se reinventar nesse sentido. Para qualidade individual, nunca vi um país como esse. Todos os anos, existem inúmeros jogadores de qualidade. Mas você vê muita individualidade. Não há clubes que brilham há muito tempo por causa de suas peças coletivas", finalizou.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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