Oswaldo diz que não é possível fazer o Santos jogar como o Audax
Ao ver o estilo bonito de jogo do Grêmio Osasco Audax, era impossível não pensar alto: como seria interessante ver a mesma proposta em um time grande, com jogadores de mais qualidade e técnica! Porém, logo após o empate entre Santos e Audax pelo Campeonato Paulista, o técnico Oswaldo de Oliveira tratou de acabar com qualquer imaginação. Para ele é não é possível fazer uma equipe grande como o Santos repetir a tática do seu adversário desta terça-feira.
Oswaldo foi extremamente elogioso ao comentar sobre o Audax. É amigo pessoal de Fernando Diniz, a quem ele atribuiu todos os méritos pela equipe "corajosa" que foi montada. Porém, para ele, "é mais fácil fazer isso no Audax, porque não tem pressão".
Oswaldo usou um exemplo para ilustrar sua opinião. Citou um lance em que Cicinho, aos 2min de jogo, roubou a bola do Audax, exatamente porque o time insiste em não dar chutões para frente e trocar passes, mesmo que seja dentro da própria área de defesa. O técnico disse que, se aquele lance tivesse virado gol, o momento psicológico seria muito favorável ao Santos. Ou seja, jogar como o Audax faz traz um risco muito alto, que é difícil assumir em uma equipe grande.
"Lá a chinelada não arde tanto como arde nos nossos jogadores", afirmou, antes de completar com outros elogios: "Mas realmente é uma forma inteligente e ousada de jogar".
Questionado sobre times grandes que mostram um estilo de jogo semelhante, como Barcelona e Bayern de Munique, Oswaldo rebateu: "para fazer isso é preciso ter o orçamento do Barcelona, que nunca perde o Xavi e o Iniesta, por exemplo. No meu time teria que ficar o Montillo (de saída para o futebol chinês). Não poderia correr o risco de perder o Cícero. Precisa de uma trabalho de longo prazo", concluiu.