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Carlinhos Neves explica saída e elogia estrutura da "grife Santos"

1 dez 2018 - 08h19
(atualizado às 08h19)
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O preparador físico Carlinhos Neves foi convidado pelo presidente José Carlos Peres a permanecer no Santos em 2019, mas optou por pausar a carreira junto com Cuca - o técnico passará por cirurgia no coração em dezembro.

O Peixe agora aguarda pela chegada de Abel Braga e tem a concorrência do Flamengo. O técnico ex-Fluminense chegaria com seu preparador, Manoel Santos, e o auxiliar Leomir de Souza.

À Gazeta Esportiva, Carlinhos explicou as suas motivações, analisou a estrutura do Peixe e deixou conselhos para a nova comissão técnica.

Por que optou por sair?

Eu gostaria muito de agradecer pelo convite do presidente José Carlos Peres. Me sinto honrado de ter trabalhado aqui. Não é só um clube, é uma grife de representação mundial. Expectativa se confirmou nesse berço de formador de craques. Minha decisão se deu pelo fato de ter vindo com o Cuca, com o convite dele, e achei melhor seguir o caminho com ele.

Acha que a missão foi cumprida? Preparo físico dos jogadores foi bem elogiado e o Santos ganhou alguns jogos no fim…

Eu sou ambicioso, queria um pouco mais. A forma como saímos da Libertadores e Copa do Brasil é de se lamentar. E lamento também os desfalques para seleções e jogadores da mesma posição, os zagueiros. Esse desequilíbrio desestabilizou a equipe. Se não fosse isso, chegaríamos com certa tranquilidade na Libertadores. Sobre o preparo físico, respeitamos o trabalho anterior e os bons profissionais que temos em todas as áreas. As coisas caminharam bem. Saio com sensação de dever cumprido, mas com pequeno gosto de que dava para fazer um pouquinho mais.

Como foi saber do problema cardíaco do Cuca e vê-lo trabalhando normalmente, até jogando rachões com o elenco?

A minha relação com o Cuca, mesmo sem ser o preparador físico fixo do Cuca, é antiga. Trabalhamos muitas vezes juntos. São Paulo, Atlético-MG e na China. Fui preparador físico do Cuca no Grêmio e no Palmeiras, já no final da carreira. Há o histórico familiar, exame é detalhado e espero que vá resolver rapidamente. Preocupa porque é um amigo pessoal.

Acha que os problemas extracampo prejudicaram de certa forma o preparo físico e o nível de desempenho dos jogadores?

Procuramos blindar os jogadores e conversamos muito sobre a parte mental. Resposta foi maior ao esperado com as situações que ocorreram. Não dá para medir, mas penso que o que não nos deixou ir adiante foi desequilíbrio do elenco. Tínhamos jogadores de sobra no meio e ponta, e em outros setores não, como chegamos a jogar com um zagueiro.

Quais são seus planos? Esperar pelo Cuca para voltar a trabalhar?

Quando eu saí do Atlético-MG em 2017, pensei num ano sabático, mas fiz oito meses. Foi quase uma convocação do Cuca e quebrei o período. Não farei planos, vou descansar, acabei de ser avô, meu neto tem dois meses. Vou viajar um pouco e deixar as coisas acontecerem.

A estrutura do Santos te atendeu bem? O que falta?

Santos atendeu bem, sim. Santos tem tudo que os outros clubes têm, mas pode dar um salto de qualidade ainda maior, olhando para alguns departamentos e Renato conduzirá bem isso. Cada profissional faz solicitações e, com pouca coisa, Santos vai se equiparar a todos os grandes clubes do Brasil e fora com instalações e equipamentos.

Qual o conselho que deixa ao Santos?

Santos tem que ser fiel à identidade, continuar formando jogadores, seguir com DNA ofensivo e jogadores de boa técnica. Há pessoas competentes para formar elenco com mais quantidade, qualidade e equilíbrio.

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
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