PSG sofre, mas vence Flamengo nos pênaltis e é campeão mundial pela primeira vez

Tiago Leme, de Doha (Catar), para a RFI

Na escalação inicial, Safonov foi uma das novidades, mantido entre os titulares mesmo após a recuperação de Chevalier, que ficou fora dos dois jogos anteriores por lesão. No pênalti do título, o novo goleiro titular defendeu a cobrança de Luiz Araújo, sua quarta defesa na decisão, para a festa da torcida parisiense e a decepção dos flamenguistas, que estavam confiantes na conquista. Os 42.150 torcedores que encheram o estádio no Catar assistiram a um bom e emocionante jogo de futebol.

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Em um duelo em que as duas equipes gostam de ter a posse de bola e propor o jogo, cada uma dentro da realidade das competições que disputa, o PSG se impôs desde o início. Nos primeiros minutos, o Flamengo teve dificuldades para se encontrar em campo.

Na primeira chance da noite, João Neves finalizou para fora após cobrança de falta de Vitinha. A constante movimentação das peças ofensivas do time francês confundia a marcação adversária.

Aos 10 minutos, o meia espanhol Fabián Ruiz chegou a balançar as redes em chute de fora da área, após erro na saída de bola do Rubro-Negro, em um vacilo do goleiro Rossi. Mas, para sorte dos flamenguistas, o gol foi anulado pelo VAR, que apontou a saída de bola pela linha de fundo na jogada.

Depois disso, o Flamengo conseguiu entrar na partida e, por alguns minutos, evitou chegadas mais perigosas do Paris. A primeira oportunidade de gol da equipe brasileira foi um chute de longe de Pulgar, após Bruno Henrique ter pressionado uma saída de bola com os pés do goleiro Safonov.

Ainda no primeiro tempo, o sul-coreano Kang-In Lee saiu machucado para a entrada de Mayulu. E foi o jovem meia-atacante que iniciou o lance do gol. Aos 38 minutos, ele abriu na direita para Doué, que cruzou rasteiro na área; Rossi ainda tocou na bola, mas acabou amortecendo para o atacante georgiano Kvaratskhelia completar e abrir o placar.

Antes do intervalo, após cobrança de escanteio, Pulgar ainda tentou de cabeça, mas errou o alvo. Na segunda etapa, o PSG começou mantendo o domínio do jogo, e João Neves finalizou para a defesa de Rossi.

A primeira substituição feita pelo técnico Filipe Luís foi a entrada do atacante Pedro no lugar de Carrascal. O Flamengo não estava em um bom momento, mas voltou para o duelo em um pênalti cometido pelo zagueiro brasileiro Marquinhos sobre o uruguaio Arrascaeta. Na cobrança, aos 17 minutos, Jorginho deslocou Safonov com categoria e empatou.

Jogo aberto e prorrogação intensa

Depois do gol sofrido, o campeão europeu tentou intensificar novamente seu volume ofensivo. O desgaste físico obrigou as duas equipes a acionarem o banco de reservas. O Flamengo encaixou bem com as mudanças. Barcola também entrou bem em campo, e o PSG teve chances com João Neves, Doué e Nuno Mendes. Aos 32 minutos, o técnico Luís Enrique chamou Dembélé, eleito na terça-feira pela Fifa como o melhor jogador do mundo da última temporada. Mas ele teve atuação apagada.

O jogo ficou aberto, e o time carioca teve oportunidades de virar, com Pedro e Plata. O PSG tentou pressionar e, nos acréscimos, no último lance do tempo normal, Marquinhos perdeu o gol na pequena área.

Na prorrogação, o Rubro-Negro subiu de produção, e a torcida brasileira cantou alto nas arquibancadas. Éverton Cebolinha e Luiz Araújo causaram preocupação para a defesa parisiense. Os franceses tentavam responder com os garotos Mbaye e Ndjantou, mas criaram pouco e pararam na marcação. Com isso, a decisão foi para os pênaltis.

Nas cobranças, o goleiro Safonov pegou os chutes de Saúl, Pedro, Léo Pereira e Luiz Araújo. Só De La Cruz converteu para o Flamengo. Enquanto Vitinha e Nuno Mendes acertaram, Dembélé e Barcola erraram para o PSG. Com a vitória nos pênaltis, houve muita comemoração dos jogadores e dos torcedores parisienses com o título inédito.