Goleiro do Sub-23 quer repetir história do pai no rival
Alexandre Cajuru, do Atlético-PR, é filho de Celso Cajuru, campeão paranaense pelo Paraná
Um dos destaques do time Sub-23 do Atlético-PR na estreia do Campeonato Paranaense foi o goleiro Alexandre Cajuru. Com muita segurança, principalmente nas saídas de bola, o camisa 1 passou tranquilidade no empate por 0 a 0 diante do Cascavel, no último domingo, e ganha moral com a torcida. O que chama a atenção é que ele tem como objetivo trilhar a mesma história do próprio pai, mas em clubes diferentes.
Alexandre Rosa Paschoalato é filho de Celso Paschoalato, o ex-goleiro Celso Cajuru, que teve passagens marcantes pelo Botafogo-SP e Paraná. "Muita gente pensa que Cajuru é sobrenome, mas é só apelido. Moramos muito tempo em Cajuru, cidade próxima a Ribeirão Preto, em São Paulo, e carregamos como codinome", conta o ex-jogador, que mora em Ribeirão Preto. "Goleiro Celso e Alexandre existiram e existem vários. Agora Celso Cajuru e Alexandre Cajuru não. Somente nós. É uma marca", complementa.
No time paranaense, inclusive, foi campeão estadual em 1991 como arqueiro titular. "Foi o primeiro título da história do Paraná (no empate por 1 a 1 contra o Coritiba, no Estádio Couto Pereira). Algo que certamente mudou o rumo do clube", diz. "Agora a torcida é para o Alexandre repetir o feito. Assim a família terá dois títulos paranaenses", torce.
Celso Cajuru admite que influenciou na curta carreira do filho, embora nunca tenha concordado com a posição escolhida. "Honestamente, eu não queria que ele fosse goleiro. É uma cobrança muito grande", confessa.
Entretanto, hoje ele se rende ao camisa 1 do time alternativo do Atlético-PR. "Ele já foi elogiado pelo primeiro jogo. Ele é muito seguro e confiante, pois treina muito. Com a sequência ele vai se firmar", aposta o orgulhoso pai.
Apesar de aparecer só agora, Alexandre teve a primeira oportunidade de Alexandre nos profissionais do Atlético-PR em 2013, quando participou de um amistoso na Espanha, durante a pré-temporada do time principal. No ano passado foi emprestado ao Ferroviária-SP. “Esta minha saída por empréstimo me deu experiência e maturidade para encarar este momento aqui no clube”, pondera. Agora é titular no Estadual. "Tentei encarar da forma mais tranquila possível. Sabia que estava preparado, porque é algo que busco há sete anos. Desde que cheguei ao clube, visava esta estreia. Creio que fiz uma boa apresentação. Tento sempre passar segurança aos meus companheiros e também para quem assiste", avalia.