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Motociclismo

Filho de Alex Barros segue pai para chegar à MotoGP; conheça

Lucas Barros segue caminho do pai para chegar à Moto2 até 2016; campeão em 2012, filho de ex-piloto tem pai como chefe de equipe na Moto 1000 GP, correndo no Brasil

20 mai 2014 - 11h43
(atualizado em 20/5/2014 às 06h58)
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<p>Lucas Barros corre sob o comando do pai na equipe Petronas Alex Barros Racing; aos 18 anos, piloto quer aproveitar experiência nas categorias do Brasil para buscar voos mais altos no exterior</p>
Lucas Barros corre sob o comando do pai na equipe Petronas Alex Barros Racing; aos 18 anos, piloto quer aproveitar experiência nas categorias do Brasil para buscar voos mais altos no exterior
Foto: Divulgação

Alexandre Barros deixou a MotoGP no fim de 2007. Por um lado, o Brasil ficou sem um piloto na elite do Mundial de motovelocidade desde então. Por outro, porém, o próprio Alex “preparou” um substituto para tentar chegar à elite da categoria com as cores do País: Lucas Barros, seu filho.

Lucas é piloto da equipe Petronas Alex Barros Racing na Moto 1000 GP, principal categoria nacional do motociclismo. No entanto, mesmo com uma idade considerada avançada para entrar no Mundial (18 anos), Luquinhas não esconde que sua meta é trocar as pistas brasileiras pelas do exterior.

A história de Lucas com os motores começou sobre quatro rodas. Em 2003, o filho de Alexandre Barros entrou no Campeonato Paulista de kart (categoria cadete) terminando o ano em sétimo. No ano seguinte, na mesma competição, foi o quarto colocado. Porém, ainda em 2004, estreou no Mundialito de Motovelocidade, na Espanha, pela categoria Metrakit 70 cc B, terminando também em quarto.

“Queria ter uma adaptação ao motor. Eu já queria correr. Meu sonho desde pequeno era ser piloto de moto. Mas até seis ou sete anos atrás, a gente não tinha categoria (de base) de moto no Brasil”, explicou Lucas ao Terra. “A gente corria de kart e treinava de moto. Eu tinha uma (moto) Metrakit 50 cc e a gente treinava. O kart me ajudou muito a ter uma visão de corrida, para pegar um pouco de braço, de resistência física, para entender como funciona uma corrida”, acrescentou.

Durante estes treinos com a Metrakit 50 cc, Lucas disputou os títulos paulista e brasileiro de kart (ainda na categoria cadete) em 2005, terminando ambos em terceiro. Satisfeito com o desempenho sobre quatro rodas, passou a se dedicar apenas aos trabalhos na moto por dois anos (2006 e 2007). Assim, sentiu-se pronto para buscar um início de carreira sobre duas motos na Europa.

Os resultados, no entanto, foram discretos. Em 2008, disputou o Campeonato de Bancaja (Espanha) da Metrakit 80 cc, terminando em 11º. No ano seguinte, pelo Campeonato Mediterrâneo, foi o 19º colocado da categoria pré-GP 125 cc. Assim, em 2010, voltou ao Brasil para treinar com uma RS 125 cc GP – se os resultados na Europa não foram os ideais, ao menos serviram para aumentar a cilindrada das motos de Lucas.

Foi a partir daí que o filho de Alexandre Barros mudou os rumos de sua carreira. Após passar 2011 treinando com uma moto mais potente, de 600 cc, ganhou a chance de disputar a última etapa da Moto 1000 GP na categoria GP Light. Pilotando uma moto de 1000 cc, largou da quinta colocação (de 30 pilotos inscritos), mas não cruzou a linha de chegada – caiu quando era o terceiro colocado da prova, realizada no Autódromo de Jacarepaguá, no Rio de Janeiro.

Correr aqui passou a ser satisfatório para Lucas, que pretende pegar uma base no Brasil antes de, quem sabe, voltar para o exterior. “A grande oportunidade que eu tive foi que eu fui fora cedo. Eu treinei com a minha Metrakit aqui. Na hora que eu fiquei preparado, fui para a Espanha e corri nas categorias de base lá. Corri nas 70 cc, 80 cc, 125 cc. Peguei uma base boa e vim para cá correr no Campeonato Brasileiro, que está com um nível muito forte, muito alto. Não há mais a necessidade de pegar uma base lá fora”, comentou.

Em 2013, Lucas Barros sofreu dois acidentes e perdeu boa parte da temporada; ainda assim, conseguiu andar entre os primeiros colocados quando competiu
Em 2013, Lucas Barros sofreu dois acidentes e perdeu boa parte da temporada; ainda assim, conseguiu andar entre os primeiros colocados quando competiu
Foto: Moto 1000 GP / Divulgação

Porém, seu foco estava mesmo mais perto de casa. Em 2012, Lucas passou ainda pela disputa da SuperSport 600 cc no Campeonato Argentino, ficando na oitava colocação. No Brasil, faturou o título da GP Light na Moto 1000 GP e foi promovido para a categoria principal. No ano seguinte, no entanto, perdeu três das oito etapas da GP 1000 no Brasil em decorrência de dois acidentes. Ainda assim, esteve sempre entre os primeiros colocados.

E é isso - andar entre os primeiros - que está nos planos de Alexandre Barros, pai e chefe de equipe de Lucas na Moto 1000 GP. “Ele foi campeão da categoria Light da Moto 1000 (2012), entrou na Pro e teve dois acidentes sérios no ano passado. Isso comprometeu, porque ele andou cinco das oito provas. Mas ele andou na frente, quarto, quinto, sexto, sempre no grupo da frente. Faltou pouco para ele estar no pódio”, lembrou. “O que a gente precisa fazer um bom trabalho de base, porque essa interrupção logicamente parou a progressão dele”, completou.

Na estreia da temporada 2014 da Moto 1000 GP, Lucas Barros (foto) foi apenas o 11º colocado em Santa Cruz do Sul (RS); seu companheiro, o francês Mathieu Lussiana, saiu da pole e venceu a corrida com a volta mais rápida
Na estreia da temporada 2014 da Moto 1000 GP, Lucas Barros (foto) foi apenas o 11º colocado em Santa Cruz do Sul (RS); seu companheiro, o francês Mathieu Lussiana, saiu da pole e venceu a corrida com a volta mais rápida
Foto: Equipe Sanderson / Divulgação

Na primeira etapa de 2014, disputada na cidade de Santa Cruz do Sul (RS) em 4 de maio, o resultado ainda não foi o esperado: Lucas foi o 11º colocado, enquanto seu companheiro na equipe Petronas Alex Barros Racing, o francês Mathieu Lussiana, venceu com direito a pole position e melhor volta. Ainda assim, se os resultados começaram a evoluir, pai e filho já pensam em deixar a categoria para tentar uma vaga no Mundial em 2015.

O pai, por enquanto, endurece e aumenta o grau de exigência. “Se o ano for positivo para ele, ele tem grandes chances de, em 2015, fazer um trabalho internacional. Depende muito do que ele apresentar. Hoje, não tem nada previsto”, afirma Alexandre – que, entretanto, admite a porta de entrada na Europa não está fechada.

“Existe a possibilidade. Depende muito mais de estar em um momento propício para isso. Eu não vou deixar ir qualquer piloto orientado por mim se ele não estiver apto a ir ao Mundial, mesmo sendo campeão no Brasil. Se vir que ele não está tecnicamente à altura, prefiro que ele fique a aqui e aprenda mais do que correr lá fora. Custa caro. Ir para lá e ficar andando de 20º para trás não vale a pena”, analisou o ex-piloto da MotoGP.

Lucas compartilha o discurso “pés no chão” do pai, mas se mostra otimista para competir. Passados os acidentes de 2013, o piloto quer consolidar sua carreira no Brasil para se mandar para a Europa. Se conseguir, até 2016 quer chegar à Moto2, última categoria antes da MotoGP.

<p>Alex Barros alerta para idade de Lucas como obstáculo no exterior; mesmo com possibilidade, ex-piloto diz que possível ida à Europa só será discutida no segundo semestre, diante do desempenho em 2014</p>
Alex Barros alerta para idade de Lucas como obstáculo no exterior; mesmo com possibilidade, ex-piloto diz que possível ida à Europa só será discutida no segundo semestre, diante do desempenho em 2014
Foto: Divulgação

“Neste ano, o projeto é melhorar mais para, em 2015 ou 2016, ir andar lá fora. Talvez começar pelo Campeonato Europeu, para pegar uma base para o Mundial, ou ir direto para o Mundial. Depende das oportunidades que vão acontecer. Mas, com certeza, o projeto é, em dois anos, estar lá fora, na porta de entrada para o Mundial - e ir para Moto2 logo de cara, porque as 100 cc (de vantagem) para a Moto3 são muita diferença”, disse.

Se conseguir, Lucas chegará à Moto2 com 20 anos. Parece muito, mas não é. Em 2014, a categoria conta com pilotos como o finlandês Mika Kallio (31 anos) e o britânico Anthony West (32), com passagens eventuais pela MotoGP (ou pela antiga 500 cc) nos anos anteriores. Em compensação, o grid da própria Moto2 é formado por jovens como o espanhol Maverick Viñales (19 anos) e o italiano Lorenzo Baldassari (17 anos).

Ainda assim, Alexandre Barros olha a idade do filho com preocupação. “Hoje, um piloto novo no Brasil tem 14, 15 anos. Lá fora, tem seis ou sete. Com o tempo de aprendizado deles lá, aos 16 anos, você está entrando no Mundial. Com 14 anos, esta correndo no Campeonato Espanhol de Moto3. A gente tem que baixar essa média de idade, para ter mais tempo de projetar eles no futuro”, analisou Alex, pedindo categorias de base mais fortes no Brasil.

Fonte: Terra
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