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MMA

Torcida se destaca, e dirigente do UFC promete voltar a Jaraguá do Sul

20 mai 2013 - 07h36
(atualizado às 08h44)
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<p>Estrutura em SC recebeu elogios da organização da UFC</p>
Estrutura em SC recebeu elogios da organização da UFC
Foto: Wander Roberto/Inovafoto / Divulgação

Desde que o Ultimate Fighting Championship (UFC) anunciou que faria lutas em Jaraguá do Sul, só houve uma certeza: a arena local, uma das mais modernas do Brasil, tinha totais condições de receber o evento. Mas sobravam outras dúvidas, principalmente em relação ao público. As pessoas conseguiriam se hospedar na região? Os ingressos seriam vendidos com facilidade? A cidade "abraçaria" o UFC? Entretanto, de acordo com o dirigente Marshall Zelaznik, o que poderia ser problema virou destaque. Ele ficou impressionado com a torcida e prometeu voltar a Jaraguá do Sul em breve.

Com capacidade para receber 8.500 pessoas, a Arena não esteve lotada, mas ficou perto disso - 7.642 pessoas chegaram com tranquilidade ao local, apesar da chuva que caiu no dia. A maioria deles foi pontual - o card preliminar começou às 17h30 (de Brasília) - e agitou as lutas desde o início. Foi exatamente isso que mais impressionou o UFC.

"Nunca vi uma torcida tão grande para uma primeira luta. Foi algo fantástico, algo que surpreendeu", afirmou Marshall, em referência a vitória de Lucas Mineiro contra Jeremy Larsen, que ganharam 50 mil dólares (R$ 100 mil) por terem feito o melhor combate da noite.

Uma dificuldade encontrada pelo UFC foi adequar a rede hoteleira para receber turistas, lutadores e imprensa. Grande parte deles ficou em Joinville, cidade que fica a uma hora de viagem, mas até isso foi aprovado por Marshall. "Mesmo antes do evento, já pensamos em voltar. E agora pode apostar que voltaremos, por causa da torcida e porque a arena é fantástica. Muitos nem sabiam onde era (Jaraguá do Sul), mas agora todos sabem", destacou.

Diversos momentos das lutas agitaram a torcida na Arena Jaraguá. Depois da empolgação pela citada vitória de Lucas Mineiro, eles passaram a fazer "ola" e bater as pernas para aumentar o barulho e a pressão. Os tradicionais gritos de "vai morrer" e "eu sou brasileiro com muito orgulho, com muito amor" também foram ouvidos, além dos xingamentos a Roger Hollett, que acertou um chute nas partes íntimas do brasileiro Fábio Maldonado.

As músicas escolhidas pelos lutadores para a entrada no octógono também ajudaram a animar o público em Jaraguá. O próprio Maldonado, por exemplo, escolheu Adocica, de Beto Barbosa. O catarinense João Zeferinou chegou ao som de Danza Kuduro. E Paulo Thiago, ex-policial do Bope, repetiu a opção que sempre funciona, a música Tropa de Elite, do Tihuana. Houve ainda outro grande momento, quando o público aplaudiu Ronaldo Jacaré fazendo o gesto que simula a boca de um jacaré. O capixaba ficou claramente emocionado com essa atitude da torcida.

Pequenos problemas até foram notadas na Arena, como algumas goteiras e o preço alto das comidas - um cachorro-quente custava R$ 12, por exemplo. Mas de fato isso foi ofuscado principalmente pela boa participação da torcida, algo que deve se repetir em breve no Brasil.

"Em Fortaleza será igual"

O próximo evento do UFC no Brasil será realizado em Fortaleza, capital do Ceará. Depois da aprovação a Jaraguá do Sul, Marshall ficou otimista quanto ao evento. "Será igual a aqui (em Jaraguá do Sul). Os ingressos já estão quase esgotados e devem acabar. As atenções estarão voltadas para ele. Vai ter Fabrício Werdum (contra Minotauro) e então espero algo semelhante com o que vi aqui", apostou.

O maior problema em relação ao UFC Fortaleza tem sido o oposto do UFC Jaraguá do Sul: existe torcida e estrutura na cidade, mas falta um ginásio adequado. O escolhido foi o Ginásio Paulo Sarasate, que causa desconfiança por ser pequeno e ter problemas de estrutura. A maior organização de MMA do mundo também confirmou seu quarto evento no Rio de Janeiro para o dia 3 de agosto, com lutas dos brasileiros José Aldo e Demian Maia. A intenção anunciada no começo do ano é realizar sete eventos do UFC no Brasil até o final de 2013.

O repórter viajou a convite da organização

Fonte: Terra
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