Anderson Silva reconhece erro em derrota para Weidman
As duas vezes em que enfrentou o americano Chris Weidman não saem da cabeça do lutador Anderson Silva. Não só pela perda do cinturão, mas pelo o que aconteceu nas lutas. No primeiro duelo, em 6 de julho de 2013, um erro do brasileiro e o nocaute tirou o cinturão dele.
"Faço o que amo e entro para me divertir. Nos treinos, a segurança está em primeiro lugar. Na minha primeira derrota, o erro foi técnico porque fiquei com as duas pernas paralelas. Mérito dele que me estudou", destacou Anderson Silva durante entrevista, nesta terça, no Rio de Janeiro.
No segundo encontro, na revanche, no dia 28 de dezembro de 2013, Anderson Silva fraturou a perna esquerda ao tentar atingir o rival com um chute. O médico Marcio Tannure, amigo do lutador e membro da Comissão Atlética Brasileira do MMA, revela que a lesão na perna direita foi uma das mais difíceis da carreira.
"Já vi bastante coisa feia e não sei se foi a pior, mas como foi de uma pessoa próxima, mexe com você. A lesão dele foi grave, mas procurei passar calma e tranquilidade ao Anderson. A recuperação poderia levar entre três meses a um ano para consolidar a fratura. Temos que olhar não só a doença, mas também o doente, que passou a ter um desequilíbrio grande e isso está sendo trabalhado", disse Tannure.
Voltar a lutar pelo cinturão do UFC é um dos objetivos do lutador brasileiro, que firmou um contrato para mais sete lutas com a organização. No entanto, Anderson Silva não escolhe adversário. "Tudo é possível dentro do UFC e bato sempre de frente com o Dana quando ele quer botar uma luta com algum amigo. Ele puxa a minha orelha e eu fujo", brincou o lutador, que esbanjou bom humor e simpatia durante a entrevista no Rio de Janeiro.
A família tem pressionado o lutador a se aposentar, mas o brasileiro mostra a mesma ginga do octógono dentro de casa e tem um argumento forte para convencer quem está nesta torcida. "Senti que nas últimas lutas estava pressionado, sem estar feliz. Eu me pressionei muito e perdi a alegria. Estou revendo alguns conceitos e sinto que ainda tenho que conquistar algo", disse Anderson Silva.
Durante a entrevista, Anderson brincou com a presidente do UFC no Brasil, Grace Tourinho, questionando sobre quando lutaria no Pais. "Sempre pergunto e eles apresentam um problema. Quero muito, mas deixo com o patrão (Dana White)", brincou sobre lutar em solo brasileiro. "Gostaríamos de fazer esta volta no Brasil, mas não deu. Se fosse em dezembro, daria. Uma luta tem várias questões para acontecer, como local exclusivo, card e calendário", ressaltou Grace.
