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Tiago Nunes cita respaldo da diretoria, mas fala em 'politicagem'

Treinador fala sob pressão neste seu início de trabalho no Corinthians, reafirma suas ideias de jogo, mas vê descontentamento aumentar no clube do Parque São Jorge

25 mar 2020 - 14h44
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Pressionado no comando do Corinthians devido ao seu início ruim na temporada 2020, o técnico Tiago Nunes assumiu que está recebendo respaldo da diretoria liderada por Andrés Sanchez (presidente) e Duílio Monteiro Alves (diretor de futebol). Apesar disso, o comandante vê jogo político sendo arquitetado no clube do Parque São Jorge.

Técnico está pressionado no comando do Corinthians (Daniel Augusto Jr./ Ag. Corinthians)
Técnico está pressionado no comando do Corinthians (Daniel Augusto Jr./ Ag. Corinthians)
Foto: Lance!

Em entrevista ao canal Band Sports, o treinador falou sobre o início conturbado de seu trabalho no Timão e deixou claro que se manterá fiel às suas crenças de jogo. Mesmo com o respaldo da diretoria e de boa parte dos torcedores, Tiago Nunes vê uma articulação política contra seu trabalho.

- Sem dúvida que há um ambiente político. A diretoria tem tentando ao máximo nos blindar e nos deixar à margem disso aí. Mas, por exemplo, quando em tempos normais a torcida do Corinthians bateu em fevereiro no portão do clube? É engraçado isso, né? É estranho. "Ah, por que perdeu a Pré-Libertadores para o Guarani." Pode ser. É um catalisador isso aí. Mas a gente sabe também que tem muito interesse político - afirmou o treinador do Timão.- A politicagem que a gente vive no Brasil é a seguinte: eu tento destruir o que está dentro para valorizar o que está fora. Todo mundo que está fora tem a solução para o que está acontecendo dentro, em qualquer instituição funciona dessa maneira. Os treinadores são assim, principalmente alguns que estão mandando currículo, inclusive agora aí, forçando nesse momento, treinadores importantes. Sempre tem a solução para o que está acontecendo no Corinthians - completou Tiago.

O início de temporada do Corinthians não é nada animador. O clube foi eliminado ainda na fase prévia da Copa Libertadores para o modesto Guaraní, do Paraguai, e dificilmente conseguirá uma vaga nas quartas de final do Paulistão - haja visto que precisa tirar uma diferença de cinco pontos para o Guarani com apenas seis pontos em disputa.

- Não me preocupo hoje com isso. Faz parte. Vim para o Corinthians sabendo que tudo vaza, todo mundo sabe o que acontece aqui dentro. Como tem muita repercussão naturalmente gera muito polêmica. Tem de ter capacidade de não dar bola para isso, focado em treinar o time, bem com os jogadores. O Corinthians, a exemplo de outros clubes grandes do mundo, precisa de resultado. E resultado não está tendo. Vai acontecer esse tipo de coisa. Havendo resultado as coisas fluem de maneira natural, o portão não vai mais bater, a torcida vai ficar mais calma, os políticos vão se acalmar um pouquinho mais - completou o treinador, que tem menos de 40% de aproveitamento dos pontos disputados neste início de trabalho.

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