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Natália Falavigna descarta lutar na Rio-2016 e passa a integrar grupo técnico

13 ago 2015 - 16h35
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Medalhista de bronze no taekwondo na Olimpíada de Pequim-2008 e campeã mundial em 2005, a brasileira Natália Falavigna descartou defender o Brasil nos Jogos Rio-2016. A revelação, no entanto, tem a ver com outro projeto da atleta. Ela foi contratada para integrar o grupo técnico da Confederação Brasileira da modalidade (CBTKD) que vai preparar os competidores brasileiros para o evento na Cidade Maravilhosa.

Carlos Negrão e Natália Falavigna (centro) posam para foto na sede da CBTKD
Carlos Negrão e Natália Falavigna (centro) posam para foto na sede da CBTKD
Foto: Divulgação / CBTKD

Falavigna foi agregada à comissão ao lado do treinador Carlos Negrão, que trabalha atualmente no Núcleo de Alto Rendimento (NAR), em São Paulo. Os dois trabalharão com o diretor técnico da CBTKD, Alexandre Lima. Os treinadores Carmen Pigozzi, Fernando Madureira e Júnior Maciel seguem na Seleção. O corpo técnico deverá fazer em breve uma reunião para definir as diretrizes e as funções de cada um.

Com esta nova função em sua carreira, Falavigna descartou disputar a Olimpíada Rio-2016. No entanto, a atleta garante não estar aposentada do esporte, mesmo em meio a um período de inatividade atualmente. E confessa que o passo dado dentro da CBTKD é o início de uma transição em sua carreira. 

- Por todo conhecimento que adquiri, sinto a necessidade de me doar e fazer algo para um bem coletivo. Momentaneamente  eu não irei para os Jogos Olímpicos como atleta. Como havia me lesionado bastante acabei por não avançar no ranking e não ter tanto ritmo.  Neste momento minha prioridade será ajudar a estruturar minha. Não significa que me aposentei. Ainda estou ativa, até porque não quero fazer nada de maneira brusca. Tudo aconteceu rapidamente. Vamos ver se gosto desse outro lado primeiro - falou a lutadora, em entrevista publicada no site oficial da confederação brasileira.

Projeto visa reerguer o taekwondo após queda de resultados

A contratação de Falavigna e Negrão faz parte de um plano da CBTKD para recolocar o Brasil no pódio olímpico. Em Atenas-2004, o Brasil não conquistou medalhas, mas colocou dois atletas nas semifinais. Quatro anos depois, Falavigna foi bronze em Pequim. Nos Jogos de Londres-2012, o país voltou a sair de mãos vazias. 

- Em 2012 não fomos bem e tivemos um retrocesso, então acredito que o nosso primeiro objetivo é retomar a linha evolutiva que foi interrompida entre 2012, e podemos fazer isto. Como já temos quatro vagas asseguradas pelo regulamento, temos a obrigação de no mínimo conseguir duas medalhas de bronze. E se tudo correr bem, fazer melhor que isto - falou Negrão.

A campanha nos Jogos Pan-Americanos de Toronto deste ano também ligou um sinal de alerta sobre o taekwondo brasileiro. Foram apenas duas medalhas de bronze conquistadas, ambas entre as mulheres (Raphaella Galacho e Iris Tang Sing). Foi a mesma performance obtida no Campeonato Mundial deste ano, na Rússia.

- Quero poder contribuir com o grupo de trabalho que se encontra hoje na confederação, com as peças novas que se juntarão e poder dar solidez a um projeto que também não pense só no agora mas possa ser a base de um trabalho a longo prazo. Não sou o tipo de pessoa que promete milagres, mas sim emprenho, profissionalismo, dedicação e muito trabalho - disse Falavigna. 

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