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Ministro minimiza racismo na Itália: 'Brincadeira saudável'

Na partida entre Inter de Milão e Napoli, zagueiro senegalês Kalidou Koulibaly ouviu cânticos que o depreciavam por sua cor

28 dez 2018 - 18h15
(atualizado às 18h54)
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Kalidou Koulibaly, zagueiro do Napoli, ouviu cânticos racistas da torcida da Inter de Milão em um jogo pelo última rodada do Campeonato Italiano. O senegalês foi expulso por ter aplaudido os torcedores de uma forma irônica, o que gerou uma repercussão negativa entre torcedores e dirigentes mundo afora, que não concordaram com aquilo que veio das arquibancadas do Giuseppe Meazza.

Para Matteo Salvini, vice-Primeiro Ministro da Itália e Ministro do Interior, porém, os cânticos da torcida da Inter de Milão não representam racismo. Para ele, o que aconteceu com Koulibaly não passa de algo - em suas palavras - natural dentro dos estádios de futebol.

Koulibaly sofreu racismo de alguns torcedores da Inter de Milão (Foto: AFP)
Koulibaly sofreu racismo de alguns torcedores da Inter de Milão (Foto: AFP)
Foto: LANCE!

"Nos estádios também cantam 'Milão em chamas'. Isso seria racismo? Não coloquemos tudo no mesmo saco. Bonucci (zagueiro da Juventus) foi vaiado pelos torcedores do Milan, isso também é racismo? A brincadeira saudável entre torcidas não pode ser considerada racismo", declarou, ao canal local "Mediaset".

Por conta do episódio, a Internazionale foi punida com dois jogos sem torcida pelo campeonato local. Na opinião do ministro, a medida não é certa, já que tira o direito dos torcedores inocentes de estarem nos estádios. Além disso, Matteo Salvini afirmou que a solução para resolver essa situação são que os jogos da competição sejam realizados de dia.

"Fechar os estádios condena os verdadeiros torcedores, que devem ser distinguidos dos delinquentes. Certas partidas não podem mais ser disputadas à noite. As de maior risco devem ser jogadas à luz do sol e com helicópteros para controlar os delinquentes", finalizou.

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