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Hyuri sobre futebol brasileiro e o chinês: 'Aqui é tudo para ontem, lá você tem mais tempo para trabalhar'

Jogador atualmente no Atlético-MG mas afirmou que pretende buscar novas oportunidades no futebol do exterior, mas que também não descarta permanecer no futebol brasileiro

24 jan 2019 - 08h05
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Conhecido pela torcida do Botafogo após a boa passagem pelo clube de General Severiano em 2013, Hyuri foi um dos personagens do cenário do futebol asiático. Ao deixar o Glorioso no final de 2013, o jogador decidiu desbravar o futebol chinês e teve seus momentos no continente asiático.Hyuri chegou em 2014 no Beijing Renhe, onde ficou por dois anos e realizou 55 partidas, e marcou 16 gols com a camisa do clube chinês. Seu desempenho fez com que o Atlético-MG demonstrasse interesse em seu futebol e o trouxesse de volta ao Brasil em 2016. No ano seguinte, o brasileiro foi novamente desembarcar no futebol asiático, dessa vez emprestado pelo clube mineiro junto ao Chongqing Dangdai Lifan.

Após as aventuras do outro lado do mundo, Hyuri, hoje no Atlético-MG, comentou ao LANCE! sobre as diferenças que viu entre o futebol brasileiro e chinês. Segundo o jogador, o ambiente do outro lado do mundo é mais tranquilo para os atletas.

- As diferenças são que aqui (no Brasil), tudo é pra ontem. Mais pela paixão dos torcedores brasileiros, por trás de uma atuação boa ou ruim tem sempre explicações, não é apenas entrar em campo. No futebol chinês, você tem uma tranquilidade em saber que tempo de trabalho e adaptação você terá, e isso faz com que o jogador possa desempenhar o melhor de si em um espaço de tempo justo. A adaptação foi ótima, pouco tempo pra quem foi com 21 anos, me adaptei rápido a cultura, ao estilo de jogo, e pude tirar bons proveitos disso, fazendo gols e sendo titular por muitos jogos - destacou.

Hyuri em treinamento pelo Galo (Foto: Divulgação)

Além de Hyuri, o futebol chinês foi e é casa para muitos jogadores brasileiros. Com um poderio financeiro avantajado para um mercado alternativo de futebol, a China se destaca e agora aparece como um pólo diferente para os jogadores que pretendem estabilizar a vida financeira e ser o destaque de algum clube.

Por conta disso, o brasileiro afirma que o nível do futebol chinês está em evolução, com a chegada de grandes nomes do futebol mundial como Hulk, Mousa Dembelé, que deixou o Tottenham recentemente, Paulinho e Renato Augusto, destaques da Seleção Brasileira.

- Está evoluindo sim, apesar da parte financeira deles, que por sinal, é um ponto que eu sou super a favor no Brasil, (os clubes virarem empresas) para que haja um organização anual. Os planejamentos na China são bem legais, e fazem com que os estrangeiros que vão, sejam valorizados, e se sintam em uma liga forte, apesar de ainda ter três clubes que dominam o campeonato. Mas com certeza, em um período não tão longo, isso mudará e tornará a Super Liga Chinesa mais competitiva - disse.

Hyuri com Seedorf no Botafogo (Foto: Vitor Silva/SS Press)

Fora dos planos do técnico Levir Culpi no Atlético-MG, Hyuri ainda pretende definir o seu futuro para o ano de 2019. O atacante não descarta voltar para o futebol do exterior, mas também não fecha as portas para uma possível transferência para algum time brasileiro.

- Eu pretendo buscar oportunidades no exterior, aonde é melhor de se planejar a vida, tanto profissionalmente, quanto socialmente. Em relação à minha família, e acima de tudo, segurança, porém ainda mantenho portas abertas aqui no Brasil, e venho estudando algumas propostas que recebi. Minha vontade era disputar o Carioca ou o Paulista, mas não posso parar minha vida, e houveram alguns contatos legais de outros clubes e venho considerando de modo positivo - finalizou.

Brasileiro com a camisa do Beijing Renhe (Foto: Divulgação)
Brasileiro com a camisa do Beijing Renhe (Foto: Divulgação)
Foto: Lance!
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