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Em webinar, secretário das ligas europeias destaca relacionamento com Uefa para lidar com a Covid-19

Colombo diz que retomada se mostrou melhor opção para garantir indústria do futebol

12 ago 2020 - 07h47
(atualizado às 09h49)
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A harmonia entre as ligas foi vista como essencial para que o futebol europeu lidasse com os efeitos causados pela escalada do novo coronavírus no continente. Em webinar promovido pela Academia LANCE!, o secretário-geral adjunto da Associação das Ligas Europeias, Alberto Colombo, detalhou como foi o senso de cooperação em meio à pandemia.

'Não existe futebol sem torcida, mas os torcedores perceberam que é melhor que eles não estejam lá do que os jogos não serem realizados', diz Colombo (Reprodução/YouTube)
'Não existe futebol sem torcida, mas os torcedores perceberam que é melhor que eles não estejam lá do que os jogos não serem realizados', diz Colombo (Reprodução/YouTube)
Foto: Lance!

- Quando a pandemia começou a fazer estragos, tivemos um trabalho de harmonia único entre as ligas europeias. Vivemos uma unidade, uma cooperação entre as ligas e a Uefa. O ano de 2020 seria o da Eurocopa. O crescimento da doença obrigou a Uefa a transferir o torneio para 2021 e abriu um cenário para que todas as competições domésticas fossem encerradas sem afetar muito o calendário - disse.

Aos seus olhos, a retomada gradual foi vista como a melhor solução para evitar que os clubes sofressem grandes baques financeiros.

- Foi fundamental, pelo bem da indústria, a iniciativa da maioria das ligas terem voltado, com muitas restrições. Só na Holanda, Bélgica, Escócia e França houve o encerramento, muitas por intervenção do estado. É claro que é muito fácil falar agora, quando parece que passou o período mais turbulento. Porém, a Ligue 1 (na França) teve um prejuízo de 1 bilhão de euros em receitas comerciais. De qualquer forma, 90% das ligas garantiram suas indústrias - declarou.

O webinar ainda teve as participações do editor e colunista do LANCE!, Carlos Alberto Vieira, e de Pedro Trengrouse, advogado e coordenador acadêmico do programa FGV/FIFA/CIES em Gestão de Esporte (veja a íntegra acima).

Colombo também falou sobre como foi garantir a volta do futebol, mesmo em jogos com portões fechados. Aos seus olhos, pesou na retomada o desejo de garantir as cotas de TV.

- Não existe futebol sem torcida, mas os torcedores perceberam que é melhor que eles não estejam lá do que os jogos não serem realizados. A falta da televisão "mataria" o futebol, uma vez que os medianos e pequenos clubes, que dependem muito das cotas de TV, desapareceriam. Seria um efeito cascata muito grande - declarou.

O secretário-geral adjunto da Associação das Ligas Europeias vê outros desafios para a próxima temporada.

- Será o período de implementação de protocolos mais flexíveis, pois já se tem conhecimento da dimensão da pandemia. Mas teremos riscos, como no mês de outubro acontecer um pico da doença e precisarmos fechar os estádios. Ou até abrir os estádios com aumento gradual da capacidade - e exaltou a importância das ligas neste momento crítico:

- Foram as ligas que desenvolveram protocolos e consentiram o retorno dos campeonatos nacionais, graças ao conhecimento dos médicos e às conversas com as autoridades - completou.

Sobre a Academia LANCE!

A Academia LANCE! ministrará uma série de webinars com convidados importantes para debater assuntos atuais envolvendo esporte, marketing, finanças e negócios. Confira a agenda dos próximos seminários:

13/08 - Fábio Coelho, vice-presidente do Google Inc. e presidente do Google Brasil

18/08 - Pedro Paulo, deputado federal, e Reinaldo Carneiro Bastos, presidente da Federação Paulista de Futebol

01/09 - Guilherme Ribenboim, vice-presidente global de operações do Twitter

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