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Craques da Copa: Griezmann quer entrar no panteão dos maiorais

Embora não seja tão midiático quanto Neymar, CR7 ou Messi, fera francesa está sempre em alto nível, é decisivo, e tem craques no time para auxiliá-lo

6 jun 2018 - 22h18
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Antoine Griezmann, filho de portuguesa e neto de um ex-jogador lusitano nos anos 50 (Amaro Lopes) entra na Copa como o grande destaque da França, uma seleção repleta de ótimos jogadores e que aparece como uma das favoritas.

Griezmann é o astro de uma seleção francesa que estará muito forte na Rússia (Foto: Franck Fife / AFP)
Griezmann é o astro de uma seleção francesa que estará muito forte na Rússia (Foto: Franck Fife / AFP)
Foto: Lance!

Embora francês - nasceu em Macôn, próximo de Lyon - Griezmann tem a carreira toda baseada na Espanha. Na Real Sociedad, jogou nos juniores e passou seis temporadas no time A; e, desde 2014, está no Atlético de Madrid, sempre com muito sucesso. Em relação à seleção, jogou na base e teve subida meteórica no time principal: com poucas opções de ataque, Deschamps convocou Griezmann pela primeira vez para os últimos amistosos antes da Copa de 2014. Ele, então com 23 anos, chegou, aprovou e foi titular na equipe em três dos cincos jogos do Mundial brazuca (a França caiu nas quartas para a Alemanha, 1 a 0, no Maracanã). Não fez gol, mas voltou para casa como uma realidade para os Bleus.

Com Benzema se tornando um pária por causa da sua polêmica com a chantagem envolvendo Balbuena (o atacante do Real desde 2015 nunca mais foi convocado), Griezmann teve a sua prova de fogo na Euro-2016. E não decepcionou. Foi o artilheiro e melhor jogador, sendo o primeiro a ser escolhido o MVP sem ter sido campeão (a França perdeu a final para Portugal).

Desde então, o camisa 7 se tornou uma dos alicerces do esquema de Deschamps. Fez ótima eliminatória (a França estava no grupo da Suécia e da eliminada Holanda) e no Atlético foi só alegria, com um titulo espanhol, quatro vezes no Top3, duas finais de Champions.Como se pode ver, Griezmann nunca teve moleza. Só começou a ser chamado na base quando arrebentou na Real Sociedad - time que já foi gigante, mas hoje está bem abaixo dos melhores da Espanha. Foi o plano C de Deschamps em 2014 e deu certo. Desde então, nunca deixou a desejar tanto na seleção quanto no Atlético. E a certeza de que, embora não tenha status de Messi, CR7 ou Neymar, é diferenciado.

Fazer uma grande Copa provavelmente colocará Griezmann no grupo dos melhores de sua geração. E defendendo uma seleção fortíssima, que tem pelo menos dois cracaços (Pogba e o garoto M'Bappé) e com um companheiro de ataque em grande fase (Giroud), Griezmann é uma das apostas mais seguras para craque da Copa.

Favor

Griezmann joga numa das equipes mais equilibradas da Copa, e poderá dividir responsabilidades, o que tira muito a pressão nas suas costas. Não terá obrigação de ser o único a buscar o gol - divide isso com M'Bappé e Giroud - e nem se preocupar tanto com a defesa, já que o time conta com Kanté e Pogba. Com isso, terá liberdade para buscar sempre o melhor posicionamento.

Contra

A França não tem um histórico de paz, sempre há algum atrito entre jogadores ou problema extracampo. Um tropeço deixa o ambiente carregado e isso pode irradiar para o time. Ainda há uma situação doce para o torcedor e para o treinador, mas que pode apagar um pouco a estrela de Griezmann: M'Bappé. Não há como desconsiderar que o garoto é quem pode se tornar o cara da França na Copa.

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