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Com eleição prevista para dezembro, bastidor político do Santos ganha movimentação; entenda

Grupo de oposição promove reunião para pacificação, mas tem "desistência" três dias depois

14 jul 2020 - 08h03
(atualizado às 08h21)
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A cinco meses da eleição que definirá o presidente do Santos nos próximos três anos, o bastidor político do clube ganhou intensa movimentação nos últimos dias.

Chapa "Somos Todos Santos" venceu eleição no Santos em 2017 (Foto: Russel Dias/Lancepress!)
Chapa "Somos Todos Santos" venceu eleição no Santos em 2017 (Foto: Russel Dias/Lancepress!)
Foto: Lance!

Enquanto muitos nomes surgem como possíveis candidatos, apenas dois colocaram-se oficialmente na posição de disputa: Esmeraldo Tarquínio e Milton Teixeira Filho.

Por outro lado, na última quinta-feira, uma reunião virtual com diversos personagens ativos na política do Alvinegro Praiano, mas que por vezes estiveram em posições antagônicas, mexeu com a situação eleitoral santista.

No encontro online estiveram presentes: Marcelo Teixeira (presidente do Conselho Deliberativo e ex-presidente do clube), Marcelo Teixeira Filho (conselheiro), Andrés Rueda (segundo colocado na última eleição), José Renato Quaresma (vice de Rueda em 2017), Nabil Khaznadar (candidato à presidência nos dois últimos pleitos), Rodrigo Marino (líder do movimento Renova Santos), Celso Jatene (ex-Secretário de Esportes da cidade de São Paulo), Eduardo Vassimon, José Berenguer e Walter Schalka (ex-membros do Comitê Gestor santista).Contudo, neste domingo, Marino publicou uma nota oficial onde admitiu a participação na reunião, pela importância da busca pelo diálogo, mas optou por não caminhar com o grupo. A tendência é que ele busque a sua própria candidatura. Segundo a reportagem levantou, novos nomes também tendem a desvincular-se do coletivo nos próximos dias.

Além dos citados, Fernando Silva e Vágner Lombardi também aparecem como possíveis postulantes ao cargo máximo do Santos FC entre 2021 e 2023, mas não anunciaram oficialmente as suas pré-candidaturas até o momento.

A tendência é que o cenário eleitoral de 2020 seja semelhante ou até maior ao de 2017, quando cinco chapas foram formadas e a "Somos Todos Santos", com José Carlos Peres como presidente e Orlando Rollo como vice, levou a melhor.

Vale lembrar que no pleito de 2014, Peres e Rollo disputaram a candidatura, ficando na segunda e terceira colocação, respectivamente. Três anos depois, a dupla uniu-se, foi eleita, mas poucos meses depois, ainda no primeiro ano de mandato, romperam-se, dividindo conselheiros e quadro associativo.

Situação indefinida

A chapa de situação por enquanto não possui definições. O atual presidente santista, José Carlos Peres, já afirmou publicamente que não tentará a reeleição, principalmente porque sofre forte resistência da família para deixar o cargo.

O atual mandatário santista já procura dentro do seu Comitê de Gestão nomes que possam continuar o seu projeto, como Pedro Doria e Matheus Rodrigues. No entanto, ambos estão reticentes quanto a possibilidade, no momento.

Voto à distância

Além das articulações políticas, um tema de amplo debate a cerca do pleito em dezembro, refere-se ao voto à distância. O assunto ganhou força principalmente após videoconferência com a Mesa Diretoria do Conselho Deliberativo, a Comissão Eleitoral, o Conselho Consultivo (que é formado por ex-presidentes do Conselho Deliberativo) e o presidente José Carlos Peres, na última segunda-feira.

A chamada de vídeo teve o intuito de pautar pela primeira vez os temas para a realização da eleição. Levantada a possibilidade de acelerar a implantação do voto à distância já para o pleito deste ano, o assunto gerou divergências devido aos questionamentos sobre a interferência da celeridade na qualidade e segurança do processo. Ainda assim, a maioria dos presentes na reunião demonstraram-se dispostos a esta mudança - vale ressaltar que a decisão final ficará sob encargo dos conselheiros que votarão o tema quando apresentado em assembleia.

Em comunicado oficial divulgado no site do Santos FC, a justificativa pelo assunto ter sido levantado refere-se a pandemia do novo coronavírus e a situação incerta em que o mundo estará em dezembro, fazendo do voto à distância uma solução para o não adiamento do pleito, que neste momento é descartado. Embora ele ainda não ter sido datado, o estatuto do Santos FC prevê que a disputa ocorra na primeira quinzena de dezembro, onde as competições nacionais estarão em suas fases finais.

* Sob supervisão de Vinicius Perazzini

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