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Caos total e receita de time pequeno: diretor do Flu dispara

Em áudio vazado na internet, Fernando Veiga destrincha situação financeira do clube e revela investimento baixo: 'Não tem dinheiro para pagar salário de 20 mil reais'

3 out 2017 - 19h01
(atualizado às 19h26)
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Fernando Veiga
Fernando Veiga
Foto: Lucas Merçon/Fluminense F,C, / LANCE!

Se dentro de campo as coisas não vão bem no Fluminense, é reflexo da situação interna do clube. Em áudio vazado na internet, divulgado pelo portal 'NetFlu', o dirigente Fernando Veiga defendeu o presidente Pedro Abad das críticas, explicou a situação financeira com 'receita de time pequeno' e explicou os prejuízos deixados pela gestão anterior. Confira:

Defesa às críticas ao presidente Pedro Abad:

O que o Abad vem fazendo hoje no futebol deveria ter sido feito na época que o Fluminense perdeu a Unimed. São medidas antipopulares que expõem muito ele, não é para qualquer um. A maioria dos presidentes não querem fazer isso, querem sentar na cadeira e ser campeão. E isso empurra a barriga pros próximos presidentes, deixando a gente na situação que estamos hoje, de caos total'.

Herança deixada pela gestão de Peter Siemsen, ex-presidente:

'Peter fez reestruturação enorme em Xerém, mas pecou muito no segundo mandato, fazendo contratações de caráter técnico duvidosos e contratos longos, que a gente fica amarrado. Não gosto de justificar o passado até para não pensar que estamos justificando o fracasso do presente, mas é inevitável. Os números estão aí. São milhões e milhões de déficit acumulado, jogadores com contrato de cinco anos com remuneração progressiva. Jogadores que não têm a mínima condição de jogar e que atrapalham muito para gente se reforçar'.

Receita 'de time pequeno':

A gente não tem dinheiro para pagar salário de R$ 20 mil. Fomos atrás de volantes e zagueiros medianos, pedindo R$ 250, 300 mil para jogar no Fluminense. Nossa receita é baixíssima e a despesa é enorme. A Ernst&Young (consultoria) quer que a gente corte o custo do futebol. Hoje a gente tem receita de Atlético-GO. Nós somos time grande, enorme, um dos maiores do mundo, mas temos receita de time pequeno'.

Medalhões no elenco:

'A CLT de jogador é completamente diferente da nossa, não dá para mandar embora. Como se manda um jogador embora com contrato até 2020, tem que pagar salário referente até lá. As pessoas lá atrás não tiveram compromisso com Fluminense. O que o presidente está fazendo é isso, tentando dar responsabilidade'.

Elenco inexperiente

'Vejo o torcedor acusando a gente de covarde, falando que jogamos tudo nas costas dos garotos. Eles são profissionais e tem capacidade de jogar no Fluminense, se não arrumam outra profissão. Por isso contratamos um técnico cascudo, experiente, que filtra essas coisas. A realidade é que a capacidade de investimento é muito baixa'.

Elenco é ruim?

'Tivemos um início de ano promissor, temos um time bom, mas não um elenco bom. Olha o time do Botafogo, imagina aquele time com a camisa do Fluminense. Rodrigo Lindoso, Roger, Igor Rabello, Arnaldo, mas eles tiveram um técnico que acertou o time. Nosso time não é ruim, mas a medida que a gente perde um monte por contusão, realmente não temos peça de reposição'.

Cobranças internas:

'Não é porque a gente não quer, eu sou tricolor fanático pelo Fluminense. Acha que eu não queria ser campeão todo ano, ter um baita time? Cobro dos gestores do futebol, responsáveis pela máquina girar. Os resultados não estão sendo bons'.

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