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Botafogo teve a faca e o queijo na mão para construir vitória, mas falta de precisão se sobressai

Contra a Portuguesa, foram 12 chutes, mas apenas quatro na direção da meta de Neguetti. Na competição, o Alvinegro tem uma média de 12,3 e apenas 3,5 na direção do gol

5 abr 2021 - 06h31
(atualizado às 06h31)
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O Botafogo apenas empatou com a Portuguesa por 1 a 1, no estádio Giulite Coutinho, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Carioca. O Alvinegro teve a faca e o queijo na mão para construir uma vitória tranquila sobre a Lusa, mas desperdiçou. Já com a vantagem no placar, o time de General Severiano jogou o segundo tempo inteiro com um a mais em campo, teve chances claras de gol e, ainda assim, cedeu à Lusa.

O Botafogo teve o cenário perfeito para vencer, mas empatou (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
O Botafogo teve o cenário perfeito para vencer, mas empatou (Foto: Vítor Silva/Botafogo)
Foto: Lance!

Com um gol relâmpago, logo aos 40 segundos, parecia que o Botafogo faria a melhor partida na temporada, mas só parecia. Após o gol, o Alvinegro caiu de produção e chegou a ver a Portuguesa fazer um gol que acabou sendo anulado pela arbitragem por toque na mão de Jhulliam. A queda de rendimento foi percebida pelo técnico Marcelo Chamusca, que disse aos jogadores que o time "fez gol e parou de jogar".

No entanto, no geral, o primeiro tempo não foi o principal problema do Botafogo na partida. O Alvinegro não manteve o bom começo de jogo, mas conseguiu construir jogadas interessantes, principalmente, com Felipe Ferreira, que encontrou dois bons passes para Marcinho, que, por sua vez, não conseguiu caprichar na finalização. Não foram chances claras, mas, com um pouco mais de qualidade, o Botafogo poderia ter aproveitado.

Na reta final do primeiro tempo, aconteceu o que poderia ser um momento chave da partida para o Botafogo - Muniz foi expulso após falta em Rafael Navarro, e a Lusa ficou com um a menos. Inicialmente, a sensação era de que o Alvinegro conseguiria aproveitar a superioridade numérica e matar o duelo, mas não foi isso que aconteceu.

No começo da segunda etapa, o Botafogo construiu, sim, algumas boas chances de gol, mas não conseguiu aproveitar nenhuma. A principal foi com Kayque, que dentro da pequena área, acertou o travessão, mesmo com o goleiro Neguetti vendido na jogada. Com um a mais e dois gols de vantagem, o Glorioso poderia ter freado o ímpeto da Lusa.

Depois desse começo de segundo tempo, o Botafogo caiu de produção e foi rapidamente dominado pela Lusa. A sensação era de que a Portuguesa não tinha jogadores a menos e de que o empate poderia sair a qualquer momento, o que aconteceu. Em entrevista coletiva, Marcelo Chamusca admitiu que este foi um dos piores desempenhos da equipe sob seu comando e também frisou que não houve recomendação para que os jogadores recuassem.

- O segundo tempo de hoje foi realmente abaixo porque estávamos com tudo desenhado para a gente vencer. Abrimos o placar cedo, com um jogador a mais, tivemos tempo para se reorganizar no intervalo e a gente não conseguiu manter a qualidade que a gente apresentou nos outros jogos. O adversário abdicou de organização defensiva e a gente não soube aproveitar essa situação. Precisamos nos preparar para essas situações no futuro. Mas realmente foi um dos dois jogos muito ruins sob o meu comando.

- Não teve nenhuma orientação, até porque quando você está com um jogador a mais você jamais vai orientar sua equipe para recuar. Futebol é ação e reação. Quando a Portuguesa continuou em cima, faltou a nossa capacidade de aproveitar as transições no segundo tempo.

O desempenho do Botafogo em finalizações no Campeonato Carioca até aqui foi um reflexo do que o time apresentou contra a Portuguesa - tem uma média alta, mas ainda falta qualidade. No último domingo, foram 12 chutes, mas apenas quatro na direção do gol de Neguetti. Na competição, o Alvinegro tem uma média de 12,3 e apenas 3,5 encontram a direção da meta adversária.

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