Atlético-MG 'sofre', mas avança para a fase de grupos
O Galo mais uma vez fez um jogo instável, não conseguiu se impor e teve de contar com a pouca força ofensiva do Defensor-URU para garantir sua classificação
Quando voltou ao Atlético-MG, o técnico Levir Culpi "prometeu" fortes emoções em sua quinta passagem pelo clube mineiro. Bem, ele está cumprindo a promessa, pois o Atlético-MG está ofertando à sua torcida doses de adrenalina bem desnecessárias. A classificação contra o Defensor-URU, empate por 0 a 0, ganhou mais uma vez ares de pequeno drama. Não pela qualidade dos uruguaios, mas por não impor o seu jogo sobre o rival.
O time de Levir até começou bem, tentou pressionar e não deixar os uruguaios jogarem, mas na maior parte do tempo, a bola ficou com o Defensor, que para ajudar o time mineiro, não sabia muito o que fazer com ela e chegou pouco ao gol de Victor, mas em algumas oportunidades, assustou o alvinegro.
O sufoco que o Atlético-MG estava ensaiando tomar, ganhou contornos mais graves, quando Zé Welison, surpresa na escalação do treinador do Atlético-MG, levou o cartão vermelho após falta dura aos 11 minutos do segundo tempo. Welison já estava amarelado. A infração foi no meio de campo e um ato imprudente do volante, que ganhou a chance de ser titular na Libertadores.
Com um a menos, o Atlético-MG teve de se reorganizar e Levir promoveu as entradas de Chará e Jair, para reequilibrar o time, que estava perdendo praticamente todas as bolas ofensivas, dando mais chances para o Defensor se arriscar. O jogo ficou um pouco mais perigoso, pois Adílson e Jair ficaram amarelados e caso fizessem mais uma jogada dura, poderiam deixar o time mineiro com nove em campo, aumentando o drama para consolidar a vaga.
Na parte final da partida, o Atlético-MG se controlou, tocou mais a bola, segurou a posse e conseguiu diminuir o ímpeto dos uruguaios que amargaram a eliminação. Ao Atlético-MG, fica a lição de que ainda não está totalmente pronto e mais, tem de aprender a jogar em seus domínios e se impor ao adversário, principalmente quando for superior tecnicamente.
A vantagem fora de casa, conquistada com os 2 a 0 em Montevidéu, foi essencial para classificação, pois se o Atlético-MG precisasse se impor para vencer, teria muito trabalho e a chance de perder a vaga seria grande. O Atlético-MG terá pouco tempo para comemorar sua classificação, pois a estreia na fase de grupos será na próxima quarta-feira, dia 6 de março, em BH, às 19h15, diante do Cerro Porteño-PAR. A passagem de fase garantiu 12 milhões de reais para o clube, um grande reforço no caixa.
Papelão
Um adendo do jogo é a falta de profissionalismo da Conmebol, que demonstra ter pouca organização. O trio de arbitragem não teve à sua disposição a placa eletrônica que indica substituições e acréscimos do jogo. Os auxiliares tiveram de improvisar uma folha de papel para marcar trocas dos técnicos e os minutos adicionais da partida.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO-MG 0 X 0 DEFENSOR-URU
Estádio: Estádio Independência - Belo Horizonte(MG)
Data-hora: 27 de fevereiro de 2019, às 21h30
Motivo: Jogo de volta da terceira fase pré-grupos da Libertadores
Árbitro: Andrés Rojas (COL)
Assistentes: Wilmar Navarro e Miguel Stiven Roldán. (COL)
Gols:
Cartões Amarelos: José Welison, Adílson, Jair(ATL), Nicolás Correa, Villodo(DEF)
Cartão Vermelho: Zé Welison
Renda e Público:
ATLÉTICO-MG: Victor; Patric, Igor Rabello, Réver e Fábio Santos; Adílson,(Zé Welison, Elias; Cazares; Luan(Jair, aos 24'-2ºT) e Ricardo Oliveira(Chará, aos 32'-2ºT). Técnico: Levir Culpi
DEFENSOR-URU: Gastón Rodriguez, Beltrán, Nicolás Correa, Perg, Villoldo; Napoli(Laquintana, aos 22'-2ºT) e Rabuñal; ,Álvaro González, Ergas(Navarro, aos 22'-2ºT), Nicolás González e Pablo López( Piquerez, aos 29'). Técnico: Jorge da Silva