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Olimpíada 2016

Violência cresce no Rio a menos de três meses dos Jogos Olímpicos

19 mai 2016 - 15h11
(atualizado às 16h01)
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O número de homicídios dolosos (com intenção de matar) no Rio de Janeiro aumentou 15,4% neste ano (1.715 casos) em relação aos primeiros quatro meses de 2015, segundo dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), a menos de três meses do início dos Jogos Olímpicos.

No total, foram 2.036 mortes (crescimento de 12%) entre os meses de janeiro e abril, incluindo, além de homicídio doloso, as decorrentes de latrocínio (roubo seguido de morte) e de ações policiais.

De acordo com o ISP, também houve aumento de 23,7% no número de roubos e assaltos a transeuntes (38.461 casos entre janeiro e abril deste ano), assim como no número de roubos de automóveis, que subiu 19,7%.

Apenas em abril, foram contabilizadas 565 mortes violentas, com um crescimento de 33,6% frente ao mesmo mês do ano passado - 471 homicídios dolosos (38,9%), 6.797 roubos e assaltos na rua (22,4%) e 3.263 roubos de veículos (21,3%).

O crescimento da violência no Rio de Janeiro pelo quarto mês seguido foi lamentado pelo secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, que evitou atribuí-lo à crise financeira do Estado.

O governo do Rio de Janeiro admitiu recentemente passar por uma grave crise financeira por conta da queda da arrecadação de impostos, principalmente de royalties do petróleo, e pela recessão que o Brasil enfrenta, foi obrigado a reduzir suas despesas em diferentes áreas.

Os cortes de despesas afetaram inclusive os extras que eram pagos aos policiais por horas adicionais de trabalho e até a gasolina destinada aos veículos policiais.

"Os índices não estão bons. Houve uma série de aumentos (de índices de criminalidade), o que não é bom", afirmou Beltrame aos jornalistas.

O secretário admitiu que em parte esse aumento da violência foi pela redução de horas extras trabalhadas pela polícia e pela diminuição da vigilância policial, mas que não foi algo que pode ser atribuído exclusivamente à crise.

"Esperamos reverter isso, mas não podemos culpar a crise. Temos que buscar meios estratégicos para resolver isso (falta de recursos) e oferecer tranquilidade à população", afirmou.

EFE   
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