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Olimpíada 2016

Crise de construtoras ameaça, mas RJ crava obras em Deodoro

2 abr 2015 - 11h05
(atualizado às 11h35)
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Se, de acordo com funcionários e prefeitura, estão bastante adiantadas, as obras para a construção do Parque Radical no Complexo Esportivo de Deodoro, no Rio de Janeiro, podem começar a enfrentar graves problemas. Quase 300 funcionários foram demitidos até a manhã desta quinta-feira, e o número deve aumentar nos próximos dias. Assim, tudo leva a crer que a das instalações dos Jogos Olímpicos de 2016 na Zona Oeste do Rio de Janeiro vai demorar mais um pouco até ser erguida.

O motivo das demissões dos operários é o envolvimento de Queiroz Galvão e OAS com a Operação Lava-Jato, da Polícia Federal, que investiga o esquema de lavagem de dinheiro envolvendo a Petrobras, políticos e grandes empreiteiros. As duas empresas são as responsáveis pelas obras do Parque Radical, em Deodoro.

Obras do Parque Radical, no Complexo Esportivo de Deodoro, devem ser paralisadas
Obras do Parque Radical, no Complexo Esportivo de Deodoro, devem ser paralisadas
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra

A crise na OAS é tão grande que ela já fez pedido de recuperação judicial de nove de suas empresas como saída para renegociar dívidas com seus credores. O grupo está encontrando dificuldade de crédito no mercado e pretende voltar as atenções para o carro-chefe da empresa: a construção pesada. Este problema já até influenciou a “vida” de estádios usados na Copa do Mundo: a Arena das Dunas, em Natal, terá os ativos 100% negociados, e a Fonte Nova, em Salvador, 50%.

Até a última quarta-feira, 200 operários responsáveis por erguer o Parque Radical em Deodoro haviam sido demitidos. Na manhã desta quinta, mais 50 foram dispensados. A tendência é que outros 300 deixem as obras até sexta e que, se as empreiteiras e a Prefeitura do Rio de Janeiro não chegarem a um acordo até o dia 22, todos sejam liberados. Trabalhadores disseram à reportagem do Terra que têm recebido aviso prévio das construtoras, mas que poderão "rasgá-los" assim que tudo for acertado. A rescisão de cada operário deve custar em média R$ 5 mil às empreiteiras.

Carpinteiro Antônio Santa Oliveira foi demitido e terá de voltar ao Maranhão
Carpinteiro Antônio Santa Oliveira foi demitido e terá de voltar ao Maranhão
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra

Em contato com a Agência Reuters nesta manhã, contudo, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse que as obras do Parque Radical em Deodoro estão “rigorosamente” em dia - algo confirmado pelos operários - e cravou que demissão dos funcionários não ameaça o andamento da construção. Segundo Paes, a Queiroz Galvão enfrenta uma problema de fluxo de caixa na obra por questões burocráticas do financiamento da Caixa Econômica Federal, mas a prefeitura tem adiantado os valores para a obra continuar dentro do cronograma. 

Parque Radical, no Complexo Esportivo de Deodoro, vai receber algumas competições do Rio-2016
Parque Radical, no Complexo Esportivo de Deodoro, vai receber algumas competições do Rio-2016
Foto: Marcus Vinícius Pinto / Terra

“O Tesouro Nacional não contingenciou nada. Você tem trâmites burocráticos e controles rigorosos nesses pagamentos”, disse Paes. “Nesse caso, o que a prefeitura faz: como demora às vezes 30 a 60 dias para repassar, não por falta de dinheiro, mas por conta desse trâmite burocrático, nós estamos adiantando esse dinheiro”, acrescentou.

Além do hipismo, o Complexo Esportivo de Deodoro vai receber competições de basquete, ciclismo, mountain bike, pentatlo moderno, tiro esportivo e rúgbi, entre outras, nos Jogos Olímpcios de 2016.

Com informações da Agência Reuters

 

Fonte: Terra
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