Por documentação de armas, Jaqueline Mourão lembra "perrengue" na Rússia
Primeira atleta da história do Brasil a disputar o biatlo em Jogos Olímpicos de Inverno, Jaqueline Mourão tem um carreira relativamente recente na modalidade, na qual começou em 2010. No entanto, nestes quatro anos, já teve motivo para se “esquentar a cabeça” para competir na Rússia, onde participa da Olimpíada de Inverno entre 7 e 23 de fevereiro.
Na Copa do Mundo 2012/2013 de biatlo, Jaqueline Mourão chegou a competir em Sochi, entre 7 e 10 de março de 2013. No entanto, como viaja sempre com armas de fogo (no caso, as duas carabinas que leva para as competições), precisa de autorizações específicas para embarcar e desembarcar. No entanto, ao chegar à Rússia em 2013, teve problemas burocráticos que a prenderam por dois dias em Moscou.
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“Aqui na Rússia, a gente teve um problema no ano passado – a organização da Copa do Mundo mandou o numero do meu rifle errado. Tive que ficar em Moscou dois dias esperando outro documento ficar pronto”, lembrou a mineira, comparando a burocracia na Rússia para a chegada entre 2013 e 2014 – com vantagem para a Olimpíada de Inverno.
“Foi difícil (em 2014). Mas em comparação com o ano passado, é totalmente diferente para a gente. Os procedimentos são longos e a gente tem que tomar bastante atenção para não ficar com a carabina presa e poder competir”, completou.
A burocracia para viajar com armas de fogo, por sinal, faz parte da rotina dos biatletas. Como as armas das competições são de fogo, os competidores precisam viajar com pelo menos duas carabinas e muita munição. Por isso, como lembra a própria Jaqueline, embarcar com tal bagagem nem sempre é uma tarefa simples.
“Faz parte da nossa rotina. A gente tem que planejar com a CBDN (Confederação Brasileira de Desportos na Neve) o calendário (das temporadas seguintes). Começa em maio e vai até setembro para começar as provas em dezembro. A gente envia todas as solicitações para ficar com arma e munição – depois, é receber o formulário, ir para o aeroporto... Você chega ao aeroporto com duas armas e 5 kg de munição, e não tem um aeroporto em que o pessoal não fique desorientado”, contou, de bom humor. “Você tem que mostrar que (a arma) está toda desmontada, na caixa, com a munição em outro lugar.”
