Medeiros projeta novo Inter e vê ciclo de Píffero encerrado
Candidato da situação à presidência do Inter já viu o avô, o pai e o tio no comando do clube. Agora diz que é sua vez de dar sua contribuição com projetos que fogem do personalismo que enxerga em seu concorrente
A relação de Marcelo Medeiros com o Internacional vem do berço. Após ver o clube presidido por seu avô, seu pai e seu tio em diferentes momentos, o candidato da situação nas eleições de 13 de dezembro tenta levar a família Medeiros/Feijó à quarta geração no comando colorado em um discurso focado em um Inter renovado.
Em entrevista exclusiva ao Terra, o candidato que participa da atual diretoria de Giovanni Luigi discorre sobre o momento do clube, a busca por um time mais qualificado e ressalta o que avalia ser a sua maior diferença em relação ao adversário Vitório Píffero: a juventude e as propostas montadas em cima de projetos, e não em um nome.
“Meu adversário já teve oito anos como vice-presidente ou presidente do clube, acho que ele já teve tempo suficiente para dar sua contribuição. Acho que se encerra um ciclo. Um clube, as instituições, assim como as empresas, fazem um processo evolutivo, um novo capítulo. Eu me sinto preparado. O que eu tenho de diferente? Eu sou novo, tenho propostas novas, as minhas propostas não são montadas em cima de uma pessoa, do que foi feito, e sim do que nós queremos fazer de projetos”, diz o dirigente.
Atuando há dois anos como vice de futebol, ele diz que não se faz nada sozinho em um clube como o Inter, mas colhe os louros de quem foi responsável pelas renovações de contrato de D’Alessandro, Aránguiz e pelas repatriações de Nilmar e Alex. As investidas no mercado, no entanto, não tiram para a candidato a importância do investimento na base.
“Repatriar o Alex, o Nilmar, renovar com o D’Alessandro e com o Aránguiz são marcas importantes que devem ser registradas. Mas se a gente pegar a história do Inter em 75 e 76, tu sempre teve na oportunidade para jovens formados na base uma característica de botar força, velocidade e alma. Jogador que aprende a ser colorado, isso é uma virtude... O D'Alessandro é um cara que chegou aqui em 2008, vai jogar até 2017 e ele é aquilo ali. Ele é colorado, é doente, tem uma identidade com o clube. A mesma coisa que tu vê no Bertotto, no Muriel, no Alisson, no Valdivia, no Sasha, no Winck, no Alan Costa... Chegaram aqui meninos e estão saindo profissionais, homens prontos para jogar em qualquer clube”, afirma.
Confira a entrevista completa:
Terra - Por conta do teu histórico familiar, te passou pela cabeça que poderia estar na posição que está hoje?
Marcelo Medeiros - Não, juro que não. Os tempos mudaram, a coisa era muito mais romântica. A primeira vez que eu fui ao Inter foi com meu avô, e ele já tinha sido presidente. Por isso tu entra diferente, né? E isso foi no Eucaliptos (antigo estádio). Com o meu tio, era um cara mais bonachão, boa praça... o meu pai já era um cara com uma personalidade diferente, foi um dirigente com posições muito contundentes. Teve episódios políticos muito sérios nos quais ele se posicionou e pagou o preço por isso, com brigas políticas extremamente contundentes e por isso eu pensei: será que vou me envolver nesse cenário, nessa herança toda?
Terra - Começa a ficar invasivo?
Marcelo Medeiros - Eu tento explicar para minha mãe, mas ela não entende, depois que inventaram isso aqui (ele aponta para o smartphone) a instantaneidade e a invasão são de outro nível. Na época do meu pai, que foi em 1987, tu ligava e falava com a secretária e ele estava ou não estava. Tu não ligava direto para o cara, não fotografava o cara, não mandava blog, tuite, pau, elogio, mais pau que elogio...
| Tradição familiar |
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O pai de Marcelo Medeiros, Gilberto Medeiros, foi presidente do Internacional nos anos de 1986 e 1987. Na época o clube passava por problemas financeiros. Quando tomou posse disse a frase que se tornaria célebre: ”vim para pagar títulos, não para ganhá-los”. Em 87 o clube foi vice-campeão brasileiro. Já Marcelo Feijó, tio de Marcelo Medeiros, ocupou a presidência do Inter nos anos de 1978 e 1979. Com uma equipe formada por Falcão, Jair e Valdomiro protagonizou um feito até hoje não repetido, campeão brasileiro invicto com 23 partidas, sendo 16 vitórias e sete empates. Na presidência do time, o avô de Marcelo, Afonso Paulo Feijó, viu o time conquistar o hexacampeonato gaúcho, feito inédito, no ano de 1945. Foi nessa época também que a equipe colorada superou o Grêmio em número de vitórias em Gre-Nais, algo que se perpetua por 69 anos. Foi ele que levou Marcelo pela primeira vez ao estádio, associando o neto ao clube quando tinha dois anos de idade. |
Mas tinha um troço que me deixava meio... Meu avô foi presidente em 1945, época do rolo compressor, hexacampeão gaúcho. Meu tio foi campeão em 1979, brasileiro invicto, o time que nunca perdeu. Meu pai foi vice-campeão brasileiro com aquela época do: ‘eu vim para pagar títulos e não para ganhá-los... 'Pô, um vai dar errado, né? E no ano passado com aquela dificuldade de jogar fora o Beira-Rio, com o Inter mal no Brasileiro, eu dizia: 'cacete, será que vai ser eu?'
Mas agora não. O futebol, na verdade, é um segmento muito louco. Tem interesse de como se fosse uma coisa pública, mas é de natureza privada. Ele é um esporte que tem mais páginas sobre Inter e Grêmio no jornal do que sobre a saúde pública.
Mas isso é uma característica da sociedade, as pessoas têm essa preocupação, tem que saber que vai ser cobrado, fiscalizado, que vai perder a privacidade, que vai ter dedicação muito intensa...
Terra - Você acha que o Inter tem sofrido com uma inconstância de resultados?
Marcelo Medeiros - Claro que o Inter não está em uma constância que a gente quer. Mas é muito raro tu montar um time em janeiro e ele ter uma constância e ser campeão. Não é assim..
Terra - Fazer o que o Cruzeiro esta fazendo então...
Marcelo Medeiros - O Cruzeiro não começou agora, começou há quatro anos, e começou quando quase caiu. O que o Cruzeiro está vivendo em 2014 o que o Inter viveu em 1976. Porque aquele time de 76 ele não começou a ser montado em 75, ele começou a ser montado em 71, 72, 73... Foram chegando jogadores como o Figueiroa, o Lula, o Flávio Bicudo... Eles foram crescendo como jogadores da base...
O Inter teve essa inconstância, mas acho que ela é uma característica do campeonato desse ano. Se tu pegares, com exceção do primeiro turno do Cruzeiro, porque no segundo turno foi tão inconstante quanto os demais times... Inter, Corinthians, Atlético, Grêmio... todos nós tivemos uma oscilação, e esse é um campeonato de alto equilíbrio e de alta competitividade, porque normalmente faltando duas ou três rodadas para o término tu já sabe quem cai, e tu não sabe quem vai cair ainda.
Terra – Os méritos do Cruzeiro podem ser repetidos no Inter?
Marcelo Medeiros - Podem ser sim e foi um exemplo... Teve uma ruptura de modelo. Eles passaram por aquele período no qual não jogaram em Belo Horizonte, que tinham que jogar em Sete Lagoas, que a reforma do Mineirão implicou em um prejuízo grande pelo desgaste de estar longe de sua sede, de sua casa, de sua torcida. De estar ali diariamente quem tem mais empatia com o dia a dia do clube. Dali começou a desenrolar e investir, e no ano seguinte já teve um prosseguimento com Marcelo Oliveira. Mas curiosamente ele não teve sucesso na Libertadores. Nem no ano passado, nem nesse. Para você ver como existe inconstância.
É muito difícil, usando aquela expressão do futebol, manter a corda esticada o ano inteiro. O Cruzeiro teve uma queda no primeiro semestre, o ano passado inclusive o campeão da Libertadores foi o Atlético-MG... Aí ele ganha o Brasileiro, perde a Libertadores e faz outro Brasileiro elogiável...
O futebol é assim, a gente sabe que tem jogos nessa oscilação que a gente cedeu uma vantagem que tinha dentro do jogo e a gente esta pagando o preço por isso. Mas outros clubes também passaram e a gente tem que aprimorar, passar, qualificar e no ano que vem está ai.
Terra - Como você avalia o trabalho que tem sido feito pelo Abel Braga?
Marcelo Medeiros - O Abel é um baita profissional. Na era Beira-Rio nenhum treinador treinou tanto o Inter quanto o Abel. O histórico dele é irreparável, mas ele, como todo aquele que está inserido no ambiente do futebol, sabe que a critica é muito dura, muito contundente e faz parte.
Essa é uma diferença do meu adversário (especulações dão conta de que caso seja eleito, Píffero não renovaria com Abel, o que ele nega). Eu não posso acenar com isso ou com aquilo, eu não posso confirmar ou desmentir porque nossa obrigação e nosso compromisso é com o término do Brasileiro, para levar o Inter a Libertadores.
Esses dias vi no jornal que o adversário tem o plano A, B, C e D, para treinar o Inter. Isso não vai partir de mim, é uma responsabilidade muito grande de estar no futebol e ser candidato, Então, o Abel sabe disso. Eu quando falei que ia ser oficializado, disse 'eles vão me cobrar'. E o Abel me respondeu: ‘Marcelo, tu tem toda a liberdade de falar’. E eu disse 'velho, nosso compromisso é terminar com o Inter na Libertadores e nós estamos fechados'. O compromisso que a gente tem com o Abel é esse’. Vamos respeitar o compromisso com o clube, e essa questão de treinador só depois que terminar o Campeonato Brasileiro.
Terra - A Pluri Consultoria coloca o gasto com futebol em mais de 70% do faturamento bruto em 2013. Você acha que a folha e pagamento está muito elevada?
Marcelo Medeiros - Existe muita fantasia noticiada. A nossa folha de pagamento está muito aquém do que vem sendo noticiado aqui em Porto Alegre (em relação aos dados financeiros). Acontece que 2013 é uma referência perversa para o Inter. Porque o faturamento de 2013 não pode servir de modelo, porque todo jogo do Internacional, como nós jogamos sem estádio, jogamos 69 partidas fora de Porto Alegre é um modelo que é uma exceção.... Todos os jogos deram prejuízo em 2013.
E o que nós fizemos em 2014: desligamos cerca de 30 atletas do grupo profissional ou por não termos renovado, ou por empréstimo ou por demissão. Teve jogador que foi demitido até por justa causa. Nós fizemos um enxugamento.
Mas vou pegar uma outra referência: a folha de pagamento do Cruzeiro é 40% da nossa. Talvez tenha aí uma explicação de que porque o Cruzeiro seja tão bom. Porque tu não pode ter só 11 titulares, tem que ter um grupo de 20, 24 jogadores de alta competição, mais um grupo de competitividade que pode ser oriundo da tua base, que tem outra dimensão de custo. Mas tu tens que trabalhar com 30, trinta e poucos jogadores porque tu tens que trabalhar com a temporada. E tu vai precisar de todos.
Terra – Como você vê a questão do Bom Senso FC?
Marcelo Medeiros - Acho muito bom. Mas bom senso é bom senso. Não é o teu bom senso nem o meu bom senso, é o de todo mundo. É um passo adiante de equilíbrio e adequação, é uma inciativa que acredito que vai dar grandes frutos no futebol brasileiro, mas tem que ser aplicada, não é só os benefícios... Toda relação tem obrigações e direitos.
Os clubes têm obrigação de pagar. Os jogadores têm de receber, mas o jogador tem que jogar e tem que estar dentro de um equilibro que o clube possa pagar. Não pode estar dentro de pretensões absurdas.
Tem a questão do calendário que é fundamental para que se possa ser aprimorado. A realidade dos clubes da Série B, C e D tem que ser destacada desse cenário porque muito se fala dos jogadores de grandes clubes do Bom Senso. E os jogadores que terminam o campeonato regional e ficam seis meses desempregados?
Acho que a data Fifa por exemplo... O Internacional, que investiu em um jogador de seleção nacional com o Aránguiz, e quando tem a data Fifa ele tem que jogar pela seleção do Chile. O problema não é a convocação, mas o campeonato em andamento nosso território não para, e ele tem que pagar? Por que? Porque o produto é desvalorizado.
É uma serie de ajustes que podem ser discutidos. O outro é a verba televisiva. Se tu pegares a verba televisiva de outros esportes como NHL, NFL, Campeonato Inglês, a diferença entre os clubes é pequena. Há uma diferença, um critério por pontuação, por liderança, mas é pequeno. Mas a diferença aqui do Sul com Corinthians e Flamengo é muito grande, e a verba televisiva não pode ser um prêmio pela audiência. Ela tem que ser uma forma de equilíbrio técnico da competição.
Terra - A contratação de Nilmar, Aránguiz e a renovação com D´Alessandro são seus principais trunfos nessas eleições?
Marcelo Medeiros - Em um clube do tamanho do Inter não se faz as coisas sozinho. Acho que são várias coisas. Primeiro nós entregamos o estádio, o Beira-Rio é nosso. É um estádio que tem alma, onde tu entra e lembra da primeira vez em que tu pisou, quando teu avô te trouxe, que sentou atrás da goleira no gol do Falcão. Isso é uma coisa que te dá um estado de espírito completamente diferente.
Fazer parte de uma gestão que encarou esse desafio de reformar o Beira-Rio, de trocar o pneu com a roda andando... Nós tivemos que jogar com estádio em obras, depois sem estádio, e agora o estádio atender um padrão internacional, padrão Fifa. Foi palco da Copa e foi um sucesso. Isso acho que é um diferencial.
A segunda coisa acho que é ao longo desse processo, do desafio de transformação, o quadro social se manteve extremamente alto e hoje o Inter tem o maior quadro social da América. No inicio do ano (2015) a receita recorrente do quadro social irá superar... É o primeiro clube brasileiro que vai ter na receita do quadro social maior que a receita da televisão.
Repatriar o Alex, o Nilmar, renovar com o D’Alessandro e com o Aranguiz são marcas importantes que devem ser registradas. Mas se a gente pegar a história do Inter em 75 e 76, sempre houve na oportunidade para jovens formados na base uma característica de botar força, velocidade e alma. Jogador que aprende a ser colorado é uma virtude. O D'Alessandro é um cara que chegou aqui em 2008, vai jogar até 2017 e ele é aquilo ali. Ele é colorado, é doente, tem uma identidade com o clube, a mesma coisa que tu vê no Bertotto, no Muriel, no Alisson, no Valdivia, no Sasha, no Winck, no Alan Costa... Chegaram aqui meninos e estão saindo profissionais, homens prontos para jogar em qualquer clube.
Terra – Você está feliz com a relação com a Brio (empresa criada para gerir o novo Beira-Rio) e com a lotação do estádio?
Marcelo Medeiros - Sim. Nós tivemos o estádio lotado em dois eventos, que foram a festa de inauguração e o jogo inaugural. Tivemos alta lotação em jogos importantes contra o Flamengo, Gre-Nal, Corinthians e Fluminense...
O Internacional, por ter os 100 mil, sabe que tem mais sócios que a capacidade. Então prioriza o acesso do sócio.
Acho que esse modelo foi amplamente exitoso, porque o Inter é dono do estádio... São pequenos ajustes que faltam para que as coisas tenham uma continuidade com maior eficiência. Mas acredito muito na parceira, e acho que algumas ações podem ser feitas para que gente otimize melhor os espaços do estádio.
Terra - Você acha que o preço dos ingressos está caro?
Marcelo Medeiros - Depende do jogo. Depende do momento. O Inter tem três modalidade de preço: conforme adversário, conforme horário e previsão. Tem uma serie de fatores que foram equacionados em uma fórmula tratada por pessoas que entendem de setorização, máquina e administração. Mas acho que a gente pode aprofundar e rever alguns conceitos para que o estádio seja melhor otimizado.
Terra – Como o Estadual deve ser encarado? O Inter deve entrar com força total?
Marcelo Medeiros - Acho que o Campeonato Paulista deu um passo atrás no que diz respeito ao campeonato regional com essa limitação de jogadores (só 28 jogadores podem ser inscritos). Acho que isso é perverso e prejudica as grandes equipes, porque inviabiliza jovens jogadores que queira incentivar e aprimorar atuando no início da temporada.
Os meninos da base estão em outro calendário, então eles iniciam a temporada diferente do jogadores que vinham do grupo principal. O Inter tem isso, incentiva isso, porque a gente tem uma categoria intermediária entre o Sub-20 e o profissional que é o Sub-23. Nem todos os clubes têm esse estágio probatório, que é uma forma que a gente tem de lapidar melhor o nosso jogador, então com essa limitação, tu inviabiliza isso.
O campeonato regional deve continuar, porque é a melhor maneira de prestigiar o torcedor do interior. Mas tem que ter um pouco mais de equilíbrio.... o ideal é que o número de datas seja de 14, 15, e não 22 datas, para poder trabalhar melhor a pré-temporada.
Terra - Dirigentes com participação nos direitos federativos de atletas é um problema no Inter?
Marcelo Medeiros - Não é o meu caso...
Terra - Mas é ou foi um problema dentro do Inter?
Marcelo Medeiros - Não porque não tem nenhum dirigente que atue dentro do Inter que tenha jogador. Acho que são interesses conflitantes. Mas aí é uma decisão de foro íntimo. Lá no Inter não tem isso. Hoje o que a gente sabe oficialmente porque já declarou a respeito é o Fernando Carvalho, que hoje advoga para um fundo de investimento que representa jogadores, mas não tem nenhum lá. Nunca nos procurou para isso, não interfere nisso. Ele é um amigo, como tem outros vice-presidentes que são meus amigos. A gente conversa sobre futebol, mas não tem essa interferência e esse tipo de relação.
Terra - Qual a principal diferença entre você e seu adversário, e qual seria o seu principal desafio, caso seja eleito?
Marcelo Medeiros - Meu adversário já teve oito anos como vice-presidente ou presidente do clube. Acho que ele já teve tempo suficiente para dar sua contribuição. Acho que se encerra um ciclo. Um clube, as instituições, assim como as empresas, fazem um processo evolutivo, um novo capítulo... eu me sinto preparado, não só pela questão de ter aprendido em casa, de toda uma questão familiar. Tenho uma condição profissional que me permite. Eu tenho um preparo profissional como advogado, como administrador, como professor, como representante de entidade profissionais, como minha atividade de advogado junto à Federasul, coisas dessa natureza. Estou no futebol do Inter ha dois anos, sou conselheiro desde 88. Já trabalhei nas categorias de base, em escritórios que faziam a assessoria jurídica ao clube, então me sinto preparado para esse desafio.
O que eu tenho de diferente? Eu sou novo, tenho propostas novas. As minhas propostas não são montadas em cima de uma pessoa, do que foi feito... E sim do que nós queremos fazer de projetos, de ideias, compartilhando com dois colorados extremamente importantes na história: o Dr Luis Carlos Bortolini, que já foi presidente do Conselho, e o meu amigo Gelson Pires, que é um colorado que tem uma participação com os sócios de uma forma muito intensa, já foi várias vezes secretario geral do clube. Tem um grupo de conselheiros que estão atuando nesse sentido, têm aqueles que atuaram muito dentro do departamento de futebol. Então é dar continuidade nesse processo, que a gente teve um cuidado na defesa do patrimônio do clube...
O Inter vai ter movimentos importantes no que diz respeito ao seu patrimônio, no que é o projeto imobiliário do Beira-Rio, no que diz respeito ao investimento do seu Centro de Treinamentos, no seu parque profissional aqui no Parque Gigante, nessa continuidade de ampliação e captação de sócios. ,as em especial na qualificação do grupo de jogadores profissionais, para que gente possa voltar a ser protagonista no cenário internacional e nacional.
