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Grêmio pode pôr cadeiras em espaço "reservado" a organizadas

3 set 2014 - 11h59
(atualizado às 12h44)
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<p>Arquibancada norte, reduto de organizadas e de onde vieram as ofensas raciais a Aranha, pode ser ocupada por cadeiras</p>
Arquibancada norte, reduto de organizadas e de onde vieram as ofensas raciais a Aranha, pode ser ocupada por cadeiras
Foto: Ricardo Rímoli / Agência Lance

O Grêmio apertou o cerco na Geral do Grêmio após o canto da torcida com a palavra "macaco" na vitória sobre o Bahia. O episódio aconteceu apenas três dias depois do caso de racismo contra o goleiro Aranha, do Santos, na última quinta-feira. Com a relação desgastada com a organizada, principal "ocupante" da arquibancada norte da Arena do Grêmio, a diretoria debate a colocação de cadeiras no setor.

Não é algo próximo de uma definição ou uma tendência. Mas o assunto é cogitado pelo Conselho de Administração do Grêmio. A área no estádio gremista é justamente para abrigar os torcedores que optaram por torcer em pé e também ter os ingressos mais baratos do estádio. Com desconto para sócio, as entradas chegam a custar R$ 15 dependendo das partidas - algo difícil em uma época de arenas com valores abusivos. É ali também onde ficam as organizadas, que têm "preferência" na compra por conta de um acordo com a gestora do estádio.

Por conta dos incidentes recentes, porém, a situação pode ser revista. Além dos casos recentes, há a relação que nunca foi excelente entre a Geral e a diretoria atual. A torcida apoiou Paulo Odone na eleição do clube, mas o candidato foi superado pelo atual presidente Fábio Koff. E em diversas oportunidades já se manifestou contra Koff no estádio. Foi do setor que saíram as ofensas para Aranha, que estão sendo investigadas.

"Esta medida (colocação de cadeiras) não está descartada. Não está perto, não é nenhuma tendência, mas não se pode descartar. O Grêmio está estudando a situação", afirmou Lauro Noguez, assessor para assuntos de torcida nomeado por Koff neste ano.

Gremista suspeito nega ato de racismo contra goleiro Aranha:

A suspensão iniciada na segunda-feira impede que a torcida entre como agrupamento no estádio. Já individualmente, é impossível de proibir a entrada dos integrantes da Geral. Pagando ingresso, todos terão acesso à arquibancada. Mas não terão uma facilidade que tinham - e que as outras organizadas ainda detêm.

Segundo Noguez, há um acordo da gestora com as torcidas, que fazem uma reserva de um número de ingressos para a partida. Como a arquibancada norte tem capacidade de apenas 5,5 mil torcedores, a venda de ingressos termina com rapidez. E os organizados contam com mais tempo para adquirir as entradas, mediante o aviso à gestora. Algo que os integrantes da Geral não poderão fazer a partir de agora.

O Grêmio será julgado nesta quarta-feira pelo caso denunciado pelo goleiro Aranha, na última quinta. Denunciado pelo STJD no artigo 243-G, pode perder até 10 mandos de campo, ser excluído da Copa do Brasil e levar uma multa. Nesta quarta, três torcedores serão ouvidos pela Polícia Civil gaúcha, como testemunhas, no inquérito policial que corre em Porto Alegre.

Fonte: Lancepress! Lancepress!
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