CBF divulga análises do VAR no polêmico Red Bull Bragantino x Grêmio
Tricolor contesta marcações, como o cartão vermelho para o zagueiro Kannemann e o pênalti de Marlon; Braga venceu por 1 a 0
Através da Comissão de Arbitragem, a CBF divulgou nesta quinta-feira (9/10) as decisões da arbitragem no polêmico jogo entre Red Bull Bragantino e Grêmio, disputado no último sábado (4/10), no Cícero de Souza Marques, em Bragança Paulista (SP). O Tricolor, aliás, reclama de duas marcações em particular do árbitro Lucas Casagrande (PR) e do VAR Gilberto Rodrigues Castro Jr (PE).
O primeiro lance analisado, afinal, é o do pênalti que gerou o gol único do jogo, marcado por Jhon Jhon, já aos 45+16′ da etapa final. Na ocasião, Bruno Praxedes, do Red Bull Bragantino, chutou ao gol, e o lateral-esquerdo Marlon desviou a bola com o braço. O toque, aliás, mandou a bola para escanteio.
Assim, o VAR pediu ao árbitro que não autorizasse a cobrança para poder analisar o possível pênalti. Castro Jr, então, observa os replays em diversas câmeras, enquanto Casagrande acalmava os jogadores em campo.
Veja o diálogo
"A mão está desvinculada do corpo. Ela (mão) está fora do corpo na hora do contato, ok?", diz Castro Jr, que é apressado pelo árbitro.
Ele, então, segue na análise, convocando o árbitro a analisar o lance da cabine na beira do gramado.
"Lucas (Casagrande), sugiro revisão para o possível penal. Uma mão numa ação de bloqueio, desvinculada do corpo, ampliando o espaço corporal, ok?", sugere Castro Jr.
Casagrande, por sua vez, vai até o monitor. Inicialmente, enxerga que a bola bateria no corpo de Marlon, algo refutado por Castro Jr. Então, o árbitro, revendo por outros ângulos, chega à conclusão de pênalti.
"Ela não ia bater no corpo dele, velho? (…) Ok, está antinatural o braço dele numa ação de bloqueio. Vou revisar com tiro penal sem cartão amarelo, ok?", diz o árbitro antes de confirmar a penalidade máxima para os donos da casa.
O que diz a regra?
Segundo a cartilha da CBF, cometerá uma infração o jogador que: "tocar na bola com sua mão ou seu braço deliberadamente; por exemplo, deslocando a mão ou o braço na direção da bola; tocar na bola com sua mão ou seu braço quando estes ampliarem o corpo do jogador de maneira antinatural. Considera-se que um jogador amplia seu corpo de forma antinatural quando a posição de sua mão ou seu braço não for consequência do movimento do corpo nessa ação específica ou não puder ser justificada por esse movimento. Ao colocar a mão ou o braço nessa posição, o jogador assume o risco de que a bola acerte essa parte de seu corpo e de que isso constitua uma infração".
Expulsão de Kannemann, do Grêmio
Antes do pênalti polêmico, aos 43′ da etapa inicial, o zagueiro Kannemann recebeu cartão vermelho direto por agressão dentro da área, mas com bola parada, o que não configura pênalti. Após incríveis quatro minutos de análise, o VAR recomenda a manutenção da expulsão do defensor gremista. O Grêmio busca a anulação deste cartão, bem como o de Marlon, por reclamação, após o gol do Bragantino.
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