Romário tenta anular eleições da CBF: "crime organizado"
Atualmente senador da República, Romário foi às redes sociais para reforçar a necessidade de as eleições presidenciais da CBF, marcadas para esta terça-feira, serem anuladas. Na visão do agora político, Marco Polo Del Nero, afastado pela Fifa por suspeita de corrupção, vem trabalhando nos bastidores para que seu sucessor seja um de seus aliados.
A intenção de Del Nero é que Rogério Caboclo, atual diretor executivo de gestão da CBF, assuma a presidência da entidade. Inicialmente, Reinaldo Carneiro Bastos, atual presidente da Federação Paulista de Futebol, também estava na disputa pelo pleito e contava com o apoio da maioria dos clubes, porém, perdeu força na corrida eleitoral, deixando seu oponente como candidato único. Desta maneira, a posse do, por enquanto, diretor é apenas questão de tempo.
Del Nero fica em casa, mas de lá continua comandando o crime organizado no futebol. Ele armou uma assembleia só com os amigos, os presidentes de federações, para mudar o estatuto e convocar uma eleição, que elegerá Rogério Caboclo, hoje, o novo presidente da CBF.
— Romário (@RomarioOnze) April 17, 2018
Como consta no novo estatuto da CBF, as federações possuem mais poder que os clubes nas eleições. Como seus votos têm peso 3, enquanto os dos clubes da Série A têm peso 2 e os da B peso 1, as entidades que regulam o futebol em seus respectivos estados são as grandes responsáveis por escolherem o sucessor de Del Nero.
"Del Nero fica em casa, mas de lá continua comandando o crime organizado no futebol. Ele armou uma assembleia só com os amigos, os presidentes de federações, para mudar o estatuto e convocar uma eleição, que elegerá Rogério Caboclo, hoje, o novo presidente da CBF", escreveu Romário em suas redes sociais.
"O novo cartola é um filhote da escola corrupta de Ricardo Teixeira, Mari, e Del Nero. Com outros colegas parlamentares, denunciei essa armação à Procuradoria-Geral da República. Por isso, ainda acredito que a Senhora Procuradora-Geral, Raquel Dodge, atuará a tempo de evitar esse pleito viciado. Assim como na política, a gestão do nosso futebol precisa se ações transparentes e novas lideranças, sem o perfil dos corruptos de hoje", completou o ex-atacante campeão mundial em 1994.
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Gazeta Esportiva
