Presidente compara diretoria do Flamengo a terraplanistas
Mandatária afirmou que surgiram os chamados 'terraflamistas', em meio à disputa judicial
Um tema inusitado surgiu neste fim de semana de Palmeiras e Flamengo. Presidente do Verdão, Leila Pereira afirmou que não existe uma rivalidade direta entre os clubes, mas comparou a diretoria rubro-negra a "terraplanistas".
A razão para a declaração de Leila Pereira decorre do bloqueio no repasse das receitas da Libra.
- Não tem os terraplanistas, que acreditam que a terra é plana? Agora tem os terraflamistas, que acreditam que a terra é plana e que o sistema solar gira ao redor do Flamengo e não é assim, gente. Ninguém é maior que ninguém, mais importante que ninguém. Temos que botar os pés no chão - declarou a presidente do Palmeiras, à ge tv.
As críticas subiram o tom após o clube carioca obter uma liminar no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, suspendendo o repasse de R$ 77 milhões destinados aos times da Libra: Palmeiras, Bragantino, São Paulo, Santos, Atlético-MG, Bahia, Grêmio, Vitória, Remo, Paysandu, Volta Redonda, ABC, Guarani, Sampaio Corrêa, Brusque e também o próprio Flamengo.
Esse montante corresponde a uma parte da receita obtida com audiência, conforme previsto em contrato firmado entre o grupo e a Globo.
No hiato entre os acontecimentos, o Palmeiras decidiu abrir um processo contra o Flamengo em razão da medida. Leila ressaltou que não há diálogo com a administração rival e a aconselhou a agir com mais humildade.
- Com determinadas pessoas é impossível o diálogo. A questão não é com a instituição Flamengo, um grande clube, com grande torcida. O problema é com a atual gestão. Acredito que não existe um clube maior que o outro, nenhum clube é maior que o futebol brasileiro, todos precisamos um do outro. Ninguém joga sozinho. Não é possível. Se um clube se acha maior que o futebol brasileiro, tem que jogar sozinho, contra o sub-20, contra ele mesmo. Quero ver a audiência. O Flamengo tem que baixar um pouquinho a bola - declarou.
O Palmeiras classifica a postura do Flamengo como "predatória e torpe", acusando o rival de tentar "asfixiar financeiramente" os demais integrantes da Libra para "subjugá-los e extrair ainda mais benefícios individuais".
Já o Flamengo afirma ter sido prejudicado pelo acordo firmado em 2024, válido até 2029, assinado à época pelo então presidente Rodolfo Landim.
Seu sucesso, Bap, busca renegociar a forma de divisão das receitas dentro da liga. Ele já havia criticado as condições do contrato durante a campanha eleitoral do clube no ano anterior.
