Paulo André: 'Se a fiscalização não mudar, volta a acontecer em 6 meses'
Na primeira entrevista coletiva após o episódio da morte do jovem Kevin, de 14 anos, no jogo entre San José (BOL) e Corinthians, a assessoria de imprensa do Timão escalou Paulo André para falar com os jornalistas. Nada que ele não esperasse...
- Eu imaginava, quando tem bucha geralmente sou eu que venho (risos) - brincou.
O assunto, porém, era sério, e se tratava da punição imposta pela Conmebol, que tira a torcida do Corinthians dos jogos da Libertadores por 60 dias. Com dúvidas por não conhecer bem o regulamento, o zagueiro ficou em cima do muro:
- Se foi justa, não sei, não tenho conhecimento do regulamento. Fica a critério da diretoria lutar para que seja modificada a ação. Como um clube pode controlar um maluco? Não sei até que ponto o clube tem que responsabilizar por isso. São questões difíceis. De qualquer forma, acredito que o que ocorreu foi uma fatalidade. O futebol está aí para dar alegria, para mostrar coisas boas para a sociedade. Que as pessoas que atiraram o sinalizador sejam indentificadas e punidas e que tenham direito de defesa - disse o camisa 13.
Politizado, o corintiano já admitiu em 2012 que tem a pretensão de, um dia, presidir a CBF. Desta forma, sabe que a medida não pode ser única para que verdadeiras mudanças ocorram:
- Mais importante do que uma punição como esta é se preocupar com ações efetivas, para que possamos fazer grandes exibições. Se não mudar a fiscalização, daqui a seis meses algo assim pode voltar a acontecer.
Antes do treino desta sexta-feira, o gerente de futebol Edu Gaspar reuniu os jogadores e explicou que a direção tenta reverter a situação. No fim da tarde, enviou petição à entidade tentando reverter a punição. Mas, segundo Paulo André, as polêmicas não atrapalharão a equipe dentro de campo.
- Tivemos uma conversa com o Edu e ele disse: A direção cuida do assunto, vocês tratam de jogar bola. Deu tranquilidade. Continuamos muito motivados, querendo ganhar.
