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Libertadores

Façanha do Grêmio lembra grandes momentos da Libertadores

Gol tardio e vitória nos pênaltis testaram os corações dos torcedores

29 ago 2018 - 10h50
(atualizado às 10h51)
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A classificação heroica do Grêmio para as quartas de final da Libertadores, alcançada com um gol aos 47 minutos do segundo tempo dessa terça (28), em Porto Alegre, em jogo contra o Estudiantes e, depois, com cobranças precisas de pênaltis, fez lembrar outros momentos históricos da competição, envolvendo clubes brasileiros. Situações facilmente registradas na memória dos torcedores.

Em 2009, o Palmeiras chegou à ultima rodada da fase de grupos em terceiro lugar, empatado com o Colo Colo, seu adversário final, no Chile, e contra o qual tinha desvantagem nos critérios de desempate. Ou seja, era vencer ou vencer no país vizinho. Durante a partida, Diego Souza e Pierre, que vinham se destacando, tiveram de sair por causa de contusões e o Palmeiras ainda teve outra perda mais significativa – Marcão foi expulso.

Goleiro Marcelo Grohe e atacante André comemoram classificação gremista
Goleiro Marcelo Grohe e atacante André comemoram classificação gremista
Foto: Lucas Uebel / Getty Images

O jogo se arrastava e a torcida do Colo Colo já festejava a classificação com o empate. Mas, aos 42 minutos do segundo tempo, Cleiton Xavier arriscou um chute de fora da área e surpreendeu o goleiro chileno. Gol da vitória e da classificação, para delírio de mais de 300 palmeirenses que estavam no estádio.

Em 2011, a vez foi do Fluminense. O Tricolor iniciou a rodada derradeira da fase de grupos em último lugar. Tinha de recorrer à matemática para seguir na Libertadores. Sua missão era das mais difíceis – vencer o Argentinos Juniors fora de casa por pelo menos dois gols de diferença e torcer para que o Nacional, do Uruguai, não derrotasse o América, do México, em Montevidéu. No Rio, sua torcida já protestava em razão da campanha do time e o clima era muito tenso.

Mas eis que o Flu derrotou os argentinos por 4 a 2 e se beneficiou com o empate sem gols entre Nacional e América. Selou assim sua passagem para as oitavas de final.

No ano seguinte, quem viveria essa gangorra de emoções numa partida da Libertadores seria a torcida do Flamengo. O time encerrava a fase de grupos numa rodada dramática. Sua tarefa inicial era vencer o Lanús, da Argentina, no Engenhão. Fez o dever de casa – 3 a 0. Mas isso não bastava. Dependia do que viria do confronto de Olímpia x Emelec, no Paraguai. Essas duas equipes também disputavam uma vaga na sequência da Libertadores.

O jogo em Assunção atrasou propositalmente. O Flamengo só avançaria se houvesse empate na partida dos seus rivais. 

O Olímpia fez 1 a 0 no primeiro tempo e o Emelec empatou aos 21 do segundo tempo. Até aí, o jogo do Flamengo ainda não havia terminado. Aos 42, a equipe equatoriana virou o placar e levou os jogadores do time carioca ao desespero, no gramado do Engenhão, onde já acompanhavam a transmissão por rádio daquele jogo. Tudo mudou aos 46, quando o Olímpia conseguiu o empate. 

O Engenhão explodiu numa comemoração histórica, tamanho o barulho no campo e na arquibancada. Mas a alegria durou apenas um minuto. Aos 47, o Emelec fez 3 a 2 e a festa rubro-negra deu lugar a uma choradeira coletiva, marcada por um silêncio sepulcral que se arrastou pelos arredores do estádio da zona norte do Rio.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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