111 anos de clássico e R$ 170 milhões; veja números da final
É difícil descrever a grandiosidade de um jogo como a final da Liga dos Campeões, mas os números podem ajudar nesta missão. Neste sábado, Atlético de Madrid e Real Madrid farão a 59ª final da competição, em um clássico que colocará em jogo 111 anos de rivalidade. Não é pouco, mas o valor mais impressionante é o prêmio recebido por quem ganhar esse duelo: 56 milhões de euros (cerca de R$ 170 milhões).
Mas as grandes cifras não são estranhas para esses times, principalmente para o Real Madrid. O elenco do time merengue vale 571 milhões de euros (R$ 1,7 bilhões), de acordo com o site alemão Transfer Markt. A diretoria paga 220 milhões de euros (R$ 666 milhões) por ano para manter esse elenco. O Atlético de Madrid tem números inferiores, é claro, mas também impressionantes: o elenco de 282 milhões de euros custa 72 milhões de euros (R$ 218 milhões) por ano.
Apesar da imponência desses valores, os números da rivalidade entre Real e Atlético são ainda mais importantes. Os times são rivais desde 1903 e se enfrentaram pela primeira vez em 1906. Uma disputa tão antiga gerou centenas de clássicos marcantes, mas apenas uma vez isso aconteceu na Liga dos Campeões. Os times duelaram por uma vaga na final de 1959 e, após três jogos, fez diferença a dupla Puskas e Di Stéfano.
O Real também possui vantagem histórica no duelo, com 143 vitórias contra 64 do Atlético. Aconteceram ainda 57 empates. Mas a diferença entre os clubes fica ainda mais evidente na comparação de títulos. O Real tem 60 conquistas nacionais, 12 europeias e 3 mundiais. O Atlético só tem 21 títulos na Espanha, 6 na Europa e apenas 1 mundial.
Claro que isso faz a camisa do Real pesar muito mais, porém dados históricos não entram em campo. São os jogadores que pisam no gramado e entre eles há boas disputas de números também: O Atlético vence com Miranda (jogador que mais tempo atuou, por 1080 minutos), Koke (distância percorrida, cerca de 133 km) e Gabi (desarmes, 28 ao todo). Já o Real tem vantagens com Benzema e Di María (mais assistências, 5 ao todo) e Casillas (mais defesas difíceis, 41 ao todo).
Foi deixado à parte apenas um jogador neste duelo individual: Cristiano Ronaldo merece um parágrafo à parte. Entre os dois elencos, foi ele quem mais fez gols (16), o dobro do segundo colocado, Diego Costa. Isso significa que ele dobrou também o número de gols em relação ao outro ano em que foi artilheiro da Liga (em 2008, com 8 gols); e que também pode ser o primeiro jogador na história da Liga a fazer gols em finais da Liga por dois clubes diferentes - fez em 2008, de cabeça, contra o Chelsea.
Tantos números e recordes ajudam a entender a grandeza do confronto, mas não explicam tudo. O que será visto em Lisboa, às 15h45 (de Brasília), definirá melhor a importância de um clássico centenário na histórias e milionário nas cifras.
