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Futebol Internacional

Jovem envolvido em assalto à casa de Donnarumma se suicida na prisão e expõe engrenagem cruel do crime organizado

Recrutado ainda muito jovem para participar do roubo ao goleiro do PSG, Seyni, de 21 anos, foi encontrado morto em uma cela em Fresnes

14 dez 2025 - 19h36
(atualizado às 19h36)
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(Photo by Alex Pantling/Getty Images)
(Photo by Alex Pantling/Getty Images)
Foto: Esporte News Mundo

A trajetória de Seyni, de apenas 21 anos, terminou de forma trágica em 10 de maio de 2024, dentro da casa de detenção de Fresnes, na região de Val-de-Marne, na França.

Envolvido no assalto à residência do goleiro Gianluigi Donnarumma, do Paris Saint-Germain, o jovem foi encontrado enforcado na própria cela.

Sua morte lançou luz sobre os métodos violentos do crime organizado e levantou questionamentos sobre as condições de custódia e a proteção de presos em situação de extrema vulnerabilidade.

Ainda antes do amanhecer, um clima de tensão tomou conta do terceiro andar do presídio. Dois detentos alertaram os agentes penitenciários de que algo estranho ocorria em uma das celas.

Ao chegarem à cela 235, os guardas encontraram o ambiente revirado e, pendurado nas grades da janela, o corpo frágil de Seyni. Ele estava inconsciente. Tentativas de reanimação cardiopulmonar e o uso de um desfibrilador não tiveram sucesso, e o jovem morreu no local.

Seyni havia sido preso por participação no assalto à casa de Donnarumma, ocorrido na madrugada de julho de 2023, em Paris. Na ocasião, criminosos armados invadiram a residência do goleiro italiano, no oitavo distrito da capital francesa, renderam Donnarumma e sua namorada e os amarraram.

O atleta sofreu ferimentos leves, e a companheira não se machucou. O casal conseguiu fugir e buscar ajuda em um hotel próximo, sendo posteriormente levado ao hospital pela polícia. O grupo levou joias, relógios de luxo e artigos de couro avaliados em cerca de 500 mil euros.

Segundo as investigações, Seyni não fazia parte do núcleo duro da quadrilha. Ele teria atuado como motorista e observador, função considerada secundária. Recrutado por uma rede criminosa por conta de uma dívida, acabou se tornando um elo descartável da operação. Após o assalto, surgiram conflitos sobre a divisão do dinheiro roubado, e o jovem passou a ser alvo dos próprios mandantes do crime.

De acordo com apurações reveladas posteriormente, Seyni teria sido sequestrado e submetido a meses de tortura em Ivry-sur-Seine. Mesmo após sua prisão, as ameaças e intimidações não cessaram. Relatos indicam que integrantes da organização criminosa continuaram exercendo pressão psicológica sobre ele, inclusive durante o período em que esteve detido em Fresnes.

A juíza de instrução responsável pelo caso foi alertada sobre a fragilidade emocional e física do jovem e sobre a necessidade de transferência para uma unidade mais segura. Paralelamente, uma investigação específica foi aberta para apurar denúncias de assédio e maus-tratos sofridos por Seyni no ambiente prisional. Imagens de câmeras de vigilância também passaram a ser analisadas, levantando dúvidas sobre a versão inicial apresentada por agentes penitenciários.

A família de Seyni contesta a narrativa oficial e busca esclarecimentos sobre as circunstâncias da morte. Para os parentes, o suicídio não pode ser analisado isoladamente, mas como o desfecho de um processo marcado por violência extrema, abandono institucional e falhas na proteção de um jovem considerado em risco.

O caso reforça a série de assaltos a jogadores do PSG nos últimos anos, um problema recorrente na França. Entre as vítimas estão nomes como Marquinhos, Thiago Silva, Di María, Kimpembe e Mauro Icardi, e, sobretudo, o uso de jovens em situação de vulnerabilidade como mão de obra descartável pelo crime organizado.

No fim, Seyni se tornou mais uma vítima de uma engrenagem que explora, tortura e silencia, mesmo atrás das grades.

NOTA DA REDAÇÃO

Você deve buscar apoio especializado ou ligar sem custo para o Centro de Valorização da Vida (CVV) pelo número 188. O CVV oferece atendimento 24h por dia, todos os dias e de forma totalmente sigilosa.

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