Mundial: Benfica x Chelsea é retomado após paralisação a 5 minutos do fim por alerta climático
Procedimento é comum os Estados Unidos e já paralisou outras partidas do torneio da Fifa; vencedor da partida será adversário do Palmeiras nas quartas de final
O duelo entre Benfica e Chelsea, pelas oitavas de final do Mundial de Clubes, foi paralisado a cinco minutos do fim, neste sábado, após alerta climático, situação que se tornou rotineira no torneio da Fifa. Quando o jogo, disputado em Charlotte, na Carolina do Norte, foi interrompido, o time inglês vencia por 1 a 0, com gol de Reece James.
A partida foi retomada após quase duas horas de paralisação, e o vencedor será o adversário do Palmeiras, que superou o Botafogo por 1 a 0 no outro jogo do dia, nas quartas de final.
Conforme determinado pelo protocolo de segurança do Serviço Nacional de Meteorologia dos Estados Unidos, é preciso um intervalo de 30 minutos sem a incidência de raios nas proximidades do local para que a partida seja retomada.
O Benfica já passou por isso durante a fase de grupos, no que foi a maior paralisação do torneio até agora. A partida contra o Auckland ficou paralisada por mais de duas horas, foi retomada às 16h20 (horário de Brasília) e terminou em goleada por 6 a 0 para o lado português.
Mais jogos do Mundial foram afetados pela rigidez americana quando o assunto é cuidado com as condições climáticas. Ulsan x Mamelodi Sundowns teve o início atrasado em mais de uma hora, também em Orlando, enquanto Pachuca x Salzburg foi interrompido durante o segundo tempo, em Cincinnati, assim como ocorreu durante a vitória por 2 a 0 do Palmeiras sobre o Al-Ahly, em East Rutherford, New Jersey.
Por que os jogos são paralisados no Mundial de Clubes?
As decisões de paralisar partidas são tomadas com base no protocolo desenvolvido pela Fifa, calcado nas recomendações do serviço de meteorologia dos EUA, que determina, em seu programa nacional, a execução de um "plano de segurança contra raios, cumprido sem exceções".
"Autoridades responsáveis ??por atividades esportivas ao ar livre precisam entender o que são tempestades e raios para tomar decisões conscientes sobre quando buscar segurança. Sem esse conhecimento, as autoridades podem basear suas decisões em experiências pessoais e/ou no desejo de realizar a atividade. Infelizmente, decisões baseadas em experiências anteriores ou no desejo de realizar a atividade podem colocar a vida das pessoas envolvidas em risco", diz o texto.
O órgão americano também determina diretrizes específicas para eliminar o que classifica como "erros de julgamento" a respeito das condições para realizar uma disputa esportiva e outras atividades ao ar livre.
Os organizadores têm a responsabilidade de consultar a previsão climática mais recente para entender a probabilidade de tempestades. O Serviço Meteorológico cita fontes confiáveis de informações, como a Rádio Meteorológica NOAA, para que essas consultas sejam realizadas.
"Se houver previsão de tempestades, os organizadores devem considerar o cancelamento ou o adiamento da atividade ou evento. Em alguns casos, o evento pode ser transferido para um local fechado", afirma.
Outra recomendação é que os eventos esportivos devem ser interrompidos quando é possível ouvir trovões, já que isso indica que a tempestade está a menos de 16 quilômetros de distância do local em que se ouve. "Uma ameaça significativa de raios se estende da base de uma nuvem de tempestade por cerca de 9,6 a 16 quilômetros", explica o texto do programa nacional.
Também é destacado que a paralisação é necessária "se o céu parecer ameaçador, pois tempestades podem se desenvolver diretamente acima do estádio e algumas podem gerar raios assim que se movem para outra área." Em ouro trecho, alerta que "não há lugar seguro ao ar livre quando há uma tempestade na área."
Quanto ao momento em que a atividade deve ser retomada, a orientação é que os organizadores esperem ao menos 30 minutos após o último trovão antes de autorizar que o evento continue.