'Extremamente necessárias', diz presidente do São Paulo sobre vendas de joias da base para o exterior
Nos últimos meses, Tricolor negociou atletas formados em Cotia com equipes de Portugal, Rússia e Ucrânia
O presidente do São Paulo, Julio Casares, justificou as recentes vendas de jovens jogadores da base como "extremamente necessárias" para o equilíbrio financeiro do clube, destacando a importância de priorizar a recuperação econômica enquanto mantém um time competitivo.
O presidente do São Paulo, Julio Casares, falou sobre o assunto que pautou o clube nos últimos dias: a venda de jogadores da base para equipes do exterior.
Nos últimos meses, o Tricolor negociou o meia Matheus Alves para o CSKA, da Rússia, por R$ 37,9 milhões. O destino foi o mesmo do atacante Henrique Carmo, cuja proposta foi aceita nesta terça-feira, 9.
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Neste caso, o São Paulo estipulou 6 milhões de euros fixos (cerca de R$ 36 milhões), mais a possibilidade de 1 milhão de euros (R$ 6 milhões) no caso de cumprimento de metas. O clube ainda vai manter 25% dos direitos econômicos da joia.
Também deixaram o Morumbi recentemente o meia William Gomes, para o Porto, por R$ 55 milhões, e Lucas Ferreira para o Shakthar Donetsk por R$ 50,64 milhões.
"O São Paulo vive um momento de recuperação financeira, de necessidade. É uma questão financeira difícil, que está melhorando, mas o São Paulo precisa vender jogadores. Claro que temos que manter um time competitivo, mas quando você tem um jovem que não tem a minutagem adequada e talvez não a tenha dali para frente, mas temos a responsabilidade de colocá-lo, pagar salários, custos operacionais, manter o gramado, o estádio e toda a preparação de infraestrutura dos CTs", explicou Casares em entrevista exclusiva à ESPN Brasil.
Casares seguiu dando detalhes das operações recentes e garantiu que na situação de Henrique Carmo a família do atleta desejava a transferência. "No caso do Henrique, ele tinha sido alvo de um empréstimo, antes, do PSV, e nós o seguramos. Estive aqui com os pais e os empresários dele, e eles queriam ir embora. Tentamos fazê-lo continuar aqui com a gente, mas recebendo essa proposta, que foi a única, fizemos o melhor possível, com a convicção de que temos que equilibrar o clube financeiramente".
O mandatário frisou que diante do momento em que o clube atravessa não é adequado aguardar a conquista de campeonatos para depois negociar jogadores, como foi o caso de Beraldo, que foi para o PSG após a Copa do Brasil de 2023. Dessa maneira, ressaltou que as negociações foram 'extremamente necessárias'.
"O São Paulo não pode mais experimentar déficit. Já fizemos, até quando ganhamos a Copa do Brasil em 2023. Claro que aquela conquista foi importante, mas perdemos a oportunidade de vender o Pablo, que se contundiu com cirurgia e o próprio Nestor. A venda do Henrique e dos demais era extremamente necessária".