PUBLICIDADE

Campeonato Paraibano

Operação é deflagrada em casos de manipulação de resultados

9 abr 2018 - 09h27
(atualizado às 09h31)
Compartilhar
Exibir comentários

Na madrugada desta segunda-feira, foi deflagrada uma investigação conjunta entre Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba. Intitulada de "Operação Cartola", a ação cumpre 39 mandados de busca e apreensão contra membros da Comissão Estadual de Arbitragem da Paraíba (Ceaf), Tribunal de Justiça Desportiva da Paraíba (TJD/PB) e dirigentes de clubes de futebol profissional do Estado da Paraíba, os chamados "cartolas". Resultado de mais de seis meses de investigação, a operação tem como objetivo "apurar os crimes cometidos por uma organização composta por membros da Federação Paraibana de Futebol".

Os mandados foram cumpridos nas cidades de João Pessoa, Campina Grande, Cajazeiras, Cabedelo e Bayeux. Entre os nomes, estão Amadeu Rodrigues, presidente da FPF, Severino Lemos, diretor de arbitragem da FPF, Lionaldo Santos, presidente do Tribunal de Justiça Desportiva, e presidentes de clubes, como Botafogo-PB e Campinense Clube.

Dentre as principais condutas investigadas, estão a manipulação de resultados de campeonatos, adulteração de documentos, interferência em decisões de justiça desportiva e desvio de valores oriundos de partidas de futebol profissional. Por conta do sigilo, os detalhes serão divulgados apenas após a conclusão da fase investigativa e análise de todo o material apreendido.

Em comunicado oficial, o Gaeco informou a participação de 230 policiais civis e testemunhas. "Ressaltamos que o desenvolvimento da Operação Cartola contou com o apoio fundamental de testemunhas dos fatos, com conhecimento detalhado das condutas praticadas, além do trabalho das equipes de monitoramento e vigilância da Polícia Civil, que analisaram centenas de documentos e realizaram diversas diligências durante os 6 meses de investigações. Outro aspecto importante a ser destacado está na competente e fundamental atuação da Justiça Criminal paraibana, através da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, que analisou e deferiu as medidas cautelares relacionadas à operação".

Gazeta Esportiva Gazeta Esportiva
Compartilhar
Publicidade
Publicidade