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Do Rolo Compressor ao Mundial, Inter acumula esquadrões

1 abr 2009 - 11h53
(atualizado às 14h07)
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Toda história de um grande clube é feita por equipes que conquistam taças expressivas. No Internacional, os títulos mais importantes se concentram em cinco esquadrões que, ao longo dos três dígitos de vida colorados, serviram para dar o ar de vencedor a uma instituição grandiosa.

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Considerado um dos principais times da primeira metade do último século, o Rolo Compressor trouxe fama e notabilidade ao Inter, que se firmou como o principal clube do País na década de 70, em que venceu três títulos nacionais. Por fim, recentemente Fernandão liderou os colorados na temporada 2006, que trouxe as taças mais marcantes da história de 100 anos da camisa vermelha.

E é com títulos que se conta essa história do Sport Club Internacional, repercutida em uma série de seis especiais que o Terra publica ao longo desta semana.

Leia mais sobre os cinco timaços do Inter:

Rolo Compressor

A organização fora de campo, imposta a partir de 1940 pelo comando firme de Hoche de Almeida Barros, o Rocha, deu ao Internacional o primeiro passo para que fosse formado o primeiro e mais lendário time de sua história. Vicente Rao, um ex-jogador da década de 20 e que se transformara em torcedor símbolo, cunhou o apelido Rolo Compressor. Ele desenhava caricaturas da equipe atropelando os rivais e as levava pessoalmente aos jornais de Porto Alegre, o que fez o nome pegar.

O apelido criado por Vicente Rao, e assim mostram os títulos, não era uma heresia. Na década de 40, o Inter se valeu do fato de abrigar jogadores negros - o Grêmio só fez isso a partir de 52 - para montar um time encantador, cujo poder ofensivo ficou registrado como o maior da história colorada. Apesar de a espinha dorsal da equipe ter sofrido algumas alterações ao longo da história do Rolo, era o quinteto ofensivo que garantia o brilho.

Com Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos, o Inter venceu oito de nove títulos gaúchos no período de 40 até 48, sempre fazendo um caminhão de gols. A superioridade sobre o Grêmio, com 19 vitórias, cinco empates e só quatro derrotas em 29 jogos, ajudou na formação do mito sobre o Rolo Compressor, que só seria superado nos anos 70.

Time base: Ivo Winck; Alfeu e Nena; Assis, Ávila e Abigail; Tesourinha, Russinho, Vilalba, Rui e Carlitos.

Rolinho / Máquina do Teté

Intitulado o major das vitórias coloradas, Francisco Duarte Júnior, o Teté, é considerado o mentor da equipe que sucedeu o Rolo Compressor. É a Máquina do Teté, também conhecida como Rolinho, que conseguiu realizar um papel quase tão bom quanto sua antecessora.

Tetracampeão gaúcho, entre 50 e 53, o Rolinho também venceu em 55, e imortalizou nomes como Salvador, Paulinho, Oreco, Bodinho, Chinesinho e Larry. Entre os feitos históricos da equipe de Teté, está o de ter colocado oito jogadores no elenco da Seleção Brasileira que venceu os Jogos Pan-Americanos de 1956 - primeiro título internacional da camisa verde-amarela, que ainda tinha o próprio Teté como técnico.

Dois anos depois, com quatro gols de Larry, o Inter envergonhou o rival Grêmio, vencendo por 6 a 2 na inauguração do Estádio Olímpico.

Time base: La Paz (Milton); Florindo e Oreco; Paulinho (Mossoró), Salvador e Odorico (Lindoberto); Luizinho, Larry, Bodinho, Jerônimo e Canhotinho (Chinesinho)

O bicampeão brasileiro

A construção do Gigante da Beira-Rio ao longo dos anos 60, como em boa parte dos clubes grandes brasileiros enquanto fazem seus estádios, significou um período sem muitos títulos para o Internacional, que só voltou a crescer no início da década seguinte. Com o octacampeonato gaúcho, entre 69 e 76, o Inter superou o hepta do Grêmio, mas não foi só isso.

O bicampeonato brasileiro, conquistado sob o comando de Rubens Minelli, fez com que o Inter ganhasse definitivamente o respeito como clube forte do país, sendo o maior vencedor da década de 70. O período ainda consagrou boa parte dos maiores ídolos da história colorada, como Figueroa, Falcão, Carpegiani e Valdomiro.

No primeiro dos títulos, o Inter superou a Máquina Tricolor do Fluminense na semifinal e, na decisão, venceu o Cruzeiro de Raul, Nelinho e Piazza, com um gol iluminado de Figueroa. Com os reforços de Marinho Peres, Batista e Dario em 76, o Inter, com um time taticamente perfeito, bateu o Corinthians em decisão única no Beira-Rio, que se consagrava como amuleto do clube. A equipe do bi ainda se notabilizou com o maior aproveitamento em pontos de um campeão brasileiro.

Time base: Manga; Valdir (Cláudio), Figueroa, Hermínio (Marinho Peres) e Chico Fraga (Vacaria); Caçapava, Falcão e Carpegiani (Batista); Valdomiro, Flávio (Dario) e Lula.

O incrível biênio 79/80

Depois de dois anos em branco e de uma campanha bastante ruim no Campeonato Gaúcho de 79, em que ficou apenas em terceiro lugar, o Inter se reorganizou para tentar mais um título nacional. A mobilização em busca de reforços foi grande e vieram jogadores de nome como Mário Sérgio e Bira, além da promoção de Mauro Galvão, jovem zagueiro das categorias de base.

Sob o comando do gaúcho Ênio Andrade, o Inter conseguiu um feito até hoje não mais repetido: campeão invicto, com direito a eliminar o Palmeiras dentro do Morumbi e bater o Vasco de Roberto Dinamite duas vezes na finalíssima.

Mesmo com uma equipe um pouco mais fraca em relação ao ano anterior, o Inter conseguiu caminhar na Libertadores e se transformou no primeiro clube da Região Sul do País a disputar a decisão continental, mas acabou sucumbindo diante do Nacional em Montevidéu. Falcão então partiu para a Roma, deixando o Beira-Rio coberto de glórias.

Time base: Benítez; João Carlos, Mauro Pastor, Mauro Galvão e Cláudio Mineiro; Batista, Falcão e Jair; Valdomiro, Bira e Mário Sérgio.

Os títulos mais expressivos

Já fazia alguns anos que o Inter prometia conquistar um grande título. E depois da saída de Muricy Ramalho e a chegada de Abel Braga, as taças passaram a conviver com proximidade ao Beira-Rio. Em uma campanha irrepreensível na Copa Libertadores, o Colorado chegou à decisão, em que bateu o então campeão São Paulo com uma vitória marcante dentro do Morumbi, com dois gols de Rafael Sobis.

Com as vendas de Bolívar, Tinga, Jorge Wagner e Rafael Sobis para o exterior, o Inter precisou remontar seu grupo e os principais acréscimos foram o atacante Iarley, ex-Boca Juniors, que se tornou titular, e o jovem Alexandre Pato, promovido das categorias de base. Com um time muito consistente na defesa, os gaúchos pararam o badalado Barcelona de Ronaldinho Gaúcho e fecharam 2006 com o título do Mundial de Clubes. Adriano Gabiru fez o gol da vitória com placar mínimo.

Já próximo de completar 100 anos, o Inter conseguiu sua maior façanha, apenas quatro anos depois de quase ser rebaixado no Campeonato Brasileiro e viver um dos momentos mais difíceis de sua história. Fernandão, o maior líder do grupo, se consagrava como o jogador que levantou as duas taças mais importantes da história do Internacional.

Time base: Clemer; Ceará, Índio, Fabiano Eller e Jorge Wagner (Rubens Cardoso); Edinho (Bolívar) e Tinga (Wellington Monteiro); Fernandão e Alex; Rafael Sobis (Alexandre Pato) e Iarley (Fabinho).

Na quinta-feira:

Os grandes treinadores da história do Inter

Rolo Compressor, de Tesourinha e Carlitos, foi o primeiro grande esquadrão do Inter
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Foto: Divulgação
Fonte: Especial para Terra
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