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'Escondida', casa de verão de Stalin vira museu em Sochi

Residência de verão do líder soviético em Sochi tem vista para o Mar Negro e objetos históricos

14 jun 2018 - 05h04
(atualizado às 05h04)
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A dificuldade para avistá-la não pode ser uma coincidência. Hoje um museu, a casa de verão onde Joseph Stalin (1879-1953) passou vários meses entre o fim da década de 1930 e o início dos anos 1950 fica nas montanhas de Sochi, escondida entre grossas árvores e está toda pintada em tons verdes, em uma bem-sucedida tentativa de proteger uma das maiores lideranças políticas mundiais do século 20.

Figura importante da Revolução Russa de 1917, Stalin sucedeu Vladimir Lenin e comandou a Rússia até 1953. Nesse período, foi fundamental para a derrota dos Aliados e da Alemanha nazista na 2ª Guerra Mundial e para transformar o país em uma superpotência. Mas acabou sendo também responsável por violações graves dos direitos humanos, expostos após a ascensão ao poder de Nikita Kruchev, em 1956.

Mas era em Sochi que Stalin relaxava em sua casa de veraneio, uma de suas "dachas", residências oficiais para férias. O local passa por obras de restauração, mas mantém sua estrutura intacta, com acabamento de madeira, sofás de couro e grandes candelabros. A ampla residência abusa da cor verde, estratégia para se camuflar de inimigos - havia, inclusive, um plano de segurança para que o dirigente russo escapasse caso fosse alvo de qualquer ação rival.

Hoje, a dacha pode ser visitada por 300 rublos (cerca de R$ 18). As fotos e documentos apresentados durante a visita mostram que muitas decisões estratégicas de Stalin para a União Soviética foram tomadas ali.

Na mesa onde está o boneco de cera de Stalin, vê-se também um telefone, com conexão direta a Moscou. No local, há outros objetos de uso pessoal, além de fotos de família e de encontros históricos: com o primeiro-ministro britânico Winston Churchill (1874-1965), com o presidente americano Franklin Roosevelt (1882-1945) e com do líder chinês Mao Tsé-tung. Das janelas, há uma exuberante vista do Mar Negro, a grande atração de Sochi.

Estadão
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