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Copa do Brasil

Catimba funciona, silencia "inferno verde" e consagra Felipão

12 jul 2012 - 00h39
(atualizado às 02h27)
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Diego Garcia
Elaine Felchacka
Direto de Curitiba

O Coritiba estava mais do que nunca confiante em seu primeiro título de Copa do Brasil. Mesmo com a derrota por 2 a 0 no jogo de ida, a torcida lotou o Couto Pereira nesta quarta-feira, arrecadou R$ 100 mil e realizou uma linda festa com fogos, fumaça e luzes, denominada como "inferno verde". Mas do outro lado estava o Palmeiras, sem título expressivo há 13 anos, mas com o experiente técnico Luiz Felipe Scolari, que preparou uma verdadeira catimba para a final e se consagrou com o título.

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Durante os anos sem títulos importantes, entre épocas distintas da história alviverde, existia uma coisa em comum: Felipão. De volta ao Palmeiras após dez anos, entre 2000 e 2010, o comandante ainda não havia erguido uma taça desde o retorno. Mas, após erros e acertos, conseguiu unir um grupo novamente - característica marcante das equipes que dirige - e levou o Palmeiras ao fim do jejum.

A experiência de Felipão foi fundamental para a conquista. Nas fases finais, principalmente quando soube fazer o Palmeiras suportar a pressão do Olímpico e vencer por 2 a 0, na semi. E em especial na decisão contra o Coritiba, superando lesões importantes e colocando em campo um time sem estrelas. Ao seu estilo, fez sua "catimba" no Paraná, fato relevante para o comportamento da equipe.

Catimba na capital paranaense

Scolari começou sua "catimba" na segunda-feira, quando passou a esconder o horário de voo do Palmeiras a Curitiba. Entre informações desencontradas e erradas, o treinador conseguiu o que quis: confundir imprensa e torcida rival, que não conseguiu armar uma recepção hostil ao rival.

E, no aeroporto, nova surpresa: bagunçou com a cabeça dos presentes ao ameaçar sair por um lado, colocar seguranças camuflados para enganar jornalistas e torcedores e sair pela pista, fugido da pressão. A tática continuou no hotel, quando novamente silenciou diante dos fãs e repórteres e se escondeu entre guardas à paisana durante a madrugada.

O Palmeiras passou a tarde concentrado até chegar ao Couto Pereira, quando foi recepcionado por chuva de garrafas dos coxas-brancas que resultaram em tiros de borracha e bombas da polícia. O ônibus entrou, a equipe foi para os vestiários e depois aos gramados para aquecimento.

Rusga com rivais, empurrões e título

Já em campo, Felipão e o Palmeiras geraram polêmica com a diretoria do Coritiba, que expulsou a equipe do gramado durante o aquecimento. O treinador ignorou, e colocou seus homens para correrem ali, próximos à bandeira de escanteio. Quem mandava era ele.

O jogo começou, e o time alviverde adotou uma postura defensiva. Abusou da posse de bola, ganhou tempo em tiros de meta e catimbou como pode. Até na ida aos vestiários, quando Felipão evitou que seus atletas falassem com os jornalistas com empurrões, palavrões e intimadas.

As táticas valeriam a pena. O Palmeiras levou um gol de Ayrton, empatou com Betinho e conquistou o título ao apito final do árbitro, embalado por gritos vindos da lateral do campo. "Acabou, acabou p...". Era Felipão. Agora, mais uma vez consagrado pelo Palmeiras.

Foto: Fernando Borges / Terra
Fonte: Terra
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