Azarão em casa, Brasil invicto encontra Espanha e seu jogo bonito em final
Decisão da Copa das Confederações opõe Seleção Brasileira atrás de um título que afirme seus jogadores contra espanhóis movidos por um novo desafio: triunfar no Maracanã depois de ganhar tudo em cinco anos
O único time com quatro vitórias em quatro jogos. Dono do jogador mais decisivo da competição. Promessa de apoio de mais de 70 mil nas arquibancadas. E, claro, com cinco títulos da Copa do Mundo no cartel. A Seleção Brasileira que vai ao Maracanã neste domingo, às 19h (de Brasília), tem tudo isso, mas ainda assim não tem o favoritismo para conquistar a Copa das Confederações. Tem é uma missão espinhosa: a Espanha e seu desejo de quitar a última conta pendente da geração de ouro. Justamente, vencer o Brasil.
Por isso, quando forem a campo, os espanhóis não vão colocar em jogo apenas sua invencibilidade de 29 partidas em competições oficiais. Também vão mostrar em terras brasileiras o melhor futebol do planeta nos últimos tempos. A mescla de grande técnica, inteligência tática, capacidade apuradíssima de recuperação de bola e atitude vencedora. Esses, provavelmente, os ingredientes que resumem a real favorita para a final.
Brasileiros e espanhóis, porém, são adversários que pouco se conhecem. Há grandes dúvidas sobre qual estilo vai predominar, já que é o primeiro confronto entre os dois países desde 1999. Quando nem mesmo o veterano Xavi estava em campo e Ronaldo ainda era a grande estrela do Brasil. Sobretudo nos últimos cinco anos, a Espanha adotou o estilo tiki-taka, da posse de bola. O time de Luiz Felipe Scolari ainda se descobre como equipe. Em cinco meses.
Na Copa das Confederações, independente do resultado da final, Felipão conquistou os objetivos mais importantes. Repetiu a equipe em três das quatro partidas disputadas, definiu um sistema de jogo claro e, acima de tudo, constituiu união entre os 23 convocados. O público logo percebeu um time com alma e, mesmo em Belo Horizonte, com recepção normalmente fria, a Seleção encontrou calor nas arquibancadas diante do Uruguai.
O sucesso da já constituída Espanha passa por todos esses aspectos, e muito pela harmonia interna. Mesmo em momentos acirrados da rivalidade entre Real x Barcelona, Vicente Del Bosque teve habilidade diplomática e contou com a cooperação de Xavi e Iker Casillas, os principais líderes do grupo. Na mídia espanhola, também encontra conforto, um dos ingredientes dessa decisão.
Diversos veículos de imprensa noticiaram encontros de jogadores e garotas na concentração da Espanha, o que foi negado pelo elenco, mas estaria registrado em câmeras de segurança do hotel onde se hospedaram no Recife. Revoltados pela repercussão do caso, repórteres espanhóis acusaram brasileiros de má intenção e tentativa de desestabilização. Sequer perguntaram sobre o fato em entrevistas. E acirraram uma rivalidade extracampo que estará presente na final.
Entre os jogadores, ainda assim, o clima para a decisão soa tranquilo, apesar de problemas isolados de Daniel Alves com jogadores do Real Madrid ou de Marcelo com o Barcelona. Neymar, certamente o jogador mais observado da final, já tem certo entrosamento com os futuros companheiros barcelonistas. Devem ser sete na formação de Vicente Del Bosque. O bastante para tentar a primeira Copa das Confederações na história espanhola.
Possível escalação do Brasil: Júlio César; Daniel Alves, Thiago Silva, David Luiz e Marcelo; Paulinho e Luís Gustavo; Hulk, Oscar e Neymar; Fred. Treinador: Luiz Felipe Scolari
Possível escalação da Espanha: Casillas; Arbeloa, Piqué, Sergio Ramos e Alba; Javi Martínez (Fernando Torres ou Jesús Navas) e Busquets; Pedro, Xavi e Iniesta; Fàbregas. Treinador: Vicente Del Bosque.
O tatu-bola Fuleco, mascote da Copa do Mundo no Brasil, foi o astro de um ensaio fotográfico, em que aparece em diferentes paisagens do Rio de Janeiro
Foto: Getty Images
O ensaio remete ao filme 'O Fabuloso Destino de Amélie Poulain' (2001), de Jean-Pierre Jeunet, quando a personagem principal rouba um anão de jardim do pai e viabiliza em ensaio fotográfico dele em vários lugares do mundo
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Amélie, então, passa a enviar as fotos ao pai de modo anônimo, como se fosse o próprio anão. A intenção dela é estimular o patriarca a também viajar e aproveitar a aposentadoria
Foto: Getty Images
Fuleco, por sua vez, aparece em pontos turísticos do Rio de Janeiro
Foto: Getty Images
O Cristo Redentor é um deles
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Fuleco também aparece no famoso calçadão de Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro
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Fuleco ainda "relaxa" em uma cadeira de praia
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O mascote também aparece em frente a um dos castelos de areia que são construídos por artistas na orla da capital fluminense
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A escolha de Fuleco como mascote da Copa foi anunciada em dezembro do ano passado
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Seu nome foi eleito por internautas ao todo, 1,7 milhão de pessoas participaram da votação , com 48% dos votos
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Fuleco é um tatu-bola, que, por sua vez, é um animal nativo do Brasil
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O tatu-bola também é conhecido por outros nomes, como tatu-apara, bola, bolinha, tranquinha e tatu-bola-do-nordeste
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Fuleco concorreu com Zuzeco, que teve 31% dos votos, e Amijubi, que recebeu 21%
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As três opções de nome foram definidas por um comitê composto por Bebeto, Arlindo Cruz, Thalita Rebouças, Roberto Duailibi e Fernanda Santos
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O nome Fuleco busca uma representação de futebol e ecologia
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O tatu-bola pode ser encontrado nos Estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte, Paraíba, Bahia, Goiás, Tocantins e Pernambuco
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Atualmente, a espécie é vulnerável, com alto risco de extinção
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Os principais motivos da vulnerabilidade são a caça, a destruição e a alteração do habitat
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Um tatu-bola adulto pode ter até 50cm de comprimento e pesar 1,2kg
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A principal estratégia de defesa do tatu-bola é o ato de se enrolar até ficar com o formato esférico
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Diferentemente do que muitos pensam, o tatu-bola não cava buracos
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Formigas e cupins são os itens mais importantes na dieta de um tatu-bola
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O desenho do Fuleco foi escolhido pela ifa e pelo Comitê Organizador Local da Copa após a análise de 47 propostas de seis agências de publicidade brasileiras
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Depois de extensas pesquisas, o desenho do tatu-bola foi o favorito do principal público-alvo: crianças de 5 a 12 anos
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Antes de Fuleco, Copas anteriores tiveram mascotes como Zakumi (África do Sul 2010), Goleo (Alemanha 2006) e o precursor World Cup Willie (Inglaterra 1966)
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Segundo a Fifa, enfatizar a importância do meio ambiente e da ecologia é um dos objetivos da Copa do Mundo no Brasil
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Uma pesquisa realizada pela Fifa em 2012 confirmou a relevância dos temas da sustentabilidade e do meio ambiente para o público brasileiro
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O mascote da Copa teve sua primeira aparição pública em setembro de 2012
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Na época, ele ainda não havia sido batizado como Fuleco
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A aparição aconteceu na Vila Olímpica do Morro dos Macacos, no Rio de Janeiro
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